No início do século XIX, em um período onde casamentos arranjados entre famílias de prestígio eram comuns, a jovem Lady, filha única do Visconde de Northwood, é prometida em casamento ao herdeiro de uma renomada família de outro estado, Lorde Sung H...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
─━━━━━━⊱❉⊰━━━━━━─
"As palavras dele eram como gelo, vazias e distantes, enquanto a presença do outro acendia uma chama suave, que me fazia questionar onde o verdadeiro calor habitava."
Depois que Sunghoon saiu, o silêncio da casa parecia ainda mais denso e opressor. Ela permaneceu sentada por um tempo, processando a realidade de seu casamento, antes de decidir se levantar e seguir com o dia. Não havia muito que pudesse fazer ali, mas precisava ocupar a mente.
Passou as primeiras horas organizando pequenos detalhes pela casa, ajustando almofadas, verificando os livros na biblioteca e observando os jardins pela janela. A beleza ao redor parecia sufocante. Tudo estava perfeitamente em ordem, mas dentro dela, o caos reinava. O vazio que Sunghoon deixava era preenchido apenas por suas próprias angústias e reflexões.
Tentou se distrair caminhando pelos jardins, onde o ar fresco da manhã lhe trazia um pouco de alívio. Observava as flores e as árvores, mas mesmo a natureza vibrante ao seu redor não conseguia acalmar completamente o que sentia. Queria estar em paz, mas o conflito interno era incessante.
Enquanto caminhava pelo jardim, ela se abaixou para tocar as pétalas de uma flor recém-florida, admirando a suavidade e o frescor de suas cores. Sentia-se um pouco mais tranquila naquele breve momento, mas logo ouviu uma voz familiar a chamando de longe. Levantou o olhar e, ao virar-se, avistouHeeseung do outro lado da cerca que separava as propriedades.
— Olá! — ele acenou com um sorriso caloroso. — Não sabia que éramos vizinhos.
Ela esboçou um pequeno sorriso, se aproximando devagar da cerca que os separava.
— Olá, Heeseung. Também não sabia. Que surpresa agradável.
A conversa fluiu naturalmente desde o início. Heeseung parecia ser o tipo de pessoa que sabia como fazer os outros se sentirem à vontade, mesmo quando não queriam falar muito. Ele comentou casualmente sobre as flores e o clima agradável, sem forçar a conversa, mas a maneira gentil com que ele a olhava revelava que percebia algo mais.
— Está tudo bem com você? — Ele perguntou suavemente, seus olhos escuros fixos nos dela. Ela hesitou por um momento, tentando esconder o turbilhão de emoções dentro de si.
— Sim, estou bem — respondeu com um leve sorriso, mas era claro que não estava convencendo nem a si mesma.
Heeseung inclinou a cabeça, parecendo considerar as palavras dela antes de continuar, com a mesma suavidade cuidadosa.
— Eu sei que às vezes as coisas podem ser... desafiadoras — disse ele, sem mencionar diretamente o que sabia que ela estava evitando. — Se precisar de uma distração, talvez um chá? Eu estava voltando para casa agora, e meus pais não estão. Podemos conversar um pouco, se quiser.
