Capítulo dois

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Desfrutem de uma boa leitura!

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A dor foi a primeira coisa que Jimin sentiu ao acordar. Um latejar constante em sua cabeça, como se algo pesado estivesse pressionando sua mente, tentando sufocar cada pensamento. Suas pálpebras estavam pesadas, e ele tentou movê-las, sentindo a luz filtrando-se por elas com dificuldade. O que havia acontecido? A última coisa de que se lembrava era a floresta, os galhos traiçoeiros sob seus pés e, então, o impacto terrível...

Foi quando ouviu uma voz masculina, grave e próxima, quebrando o silêncio ao seu redor.

— Você dorme demais para um nobre.

Jimin ergueu-se abruptamente, assustado com a presença inesperada, mas mal conseguiu sustentar o movimento. Assim que tentou levantar-se, uma onda de dor percorreu sua cabeça, forçando-o a resmungar e apertar os olhos em resposta à pontada. Suas mãos imediatamente foram à cabeça, os dedos tocando a área sensível como se isso fosse curar sua enxaqueca.

— Aí. — Ele voltou a sentar na cama.

— Se tentar isso novamente, vai acabar desmaiando mais uma vez. E, sinceramente, não estou com vontade de bancar o herói de novo.

Ainda atordoado, o ômega abriu os olhos com esforço, piscando várias vezes até que sua visão finalmente clareou. Olhou ao redor, tentando entender onde estava. Não mais na floresta — isso era certo. Ao invés disso, encontrava-se em uma pequena cabana de madeira, simples, mas robusta. O teto era baixo, feito de vigas de madeira rústica.

Ele se mexeu um pouco, inclinando-se para frente com cuidado, enquanto seus olhos corriam pelo espaço. Uma mesa de madeira simples estava diante dele, com algumas ferramentas espalhadas sobre ele — flechas, e uma faca de caça brilhando à luz da janela.

— Aqui, beba isso. — Uma cumbuca feita de casca de coco foi colocada à sua frente. — Não é tão elegante quanto as taças a que está acostumado, mas posso garantir que é limpo.

Ele estendeu as mãos e pegou a cumbuca, engolindo o líquido apressadamente. Não se importou com o gosto desagradável daquela bebida.

— Obrigado. — A voz rouca pronunciou, pegando a cumbuca das mãos do ômega. — É isso o que pessoas educadas costumam dizer.

Jimin decidiu ignorar o timbre cínico do outro. Com a força dos braços, apoiou as costas no encosto do leito pondo-se numa posição mais confortável. Virou a cabeça para o lado, vendo o mesmo homem de costas. As costas largas se encontravam cobertas por um tecido desgastado e a calça de cor desbotada escondiam as coxas grossas. Mesmo naquela posição, ele parecia ser um homem de força bruta e com uma corpulência atraente. E o cheiro dele... definitivamente era um alfa

— Sabe que é indelicado, da sua parte, ficar olhando meu corpo nessa intensidade, não sabe? — Indagoi ainda de costas, logo voltando-se para o ômega de fios ruivos.

— Não estava olhando para você.

Jimin, abruptamente, abaixou o rosto, evitando ter algum tipo de contado visual com o alfa. Não achava que estava sendo indelicado olhá-lo daquela forma. Mas o ruborizar das maçãs do rosto lhe entregavam, como uma maldita confissão vergonhosa.

— Se você diz. — O alfa balançou os ombros, como quem diz tanto faz e voltou a fazer o que fazia antes.

O alfa foi em direção à uma mesa feita de madeira e tirou o suporte de couro que estava apoiado em suas costas. Depois, colocou em cima da mesa um arco e um conjunto com mais ou menos umas seis flechas.

Ascensão de um Arqueiro • JM + JKOnde histórias criam vida. Descubra agora