Ascensão de um Arqueiro • JM + JK

Capítulo vinte e um

Desfrutem de uma boa leitura!

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Suas lágrimas escorriam silenciosamente pelo rosto, misturando-se ao vento frio que cortava sua pele. Cada respiração doía, não só por causa da corrida desesperada, mas pela angústia de pensar em Jungkook. Jimin precisava de respostas. Precisava saber o que havia acontecido, mesmo que no fundo do seu coração temesse o pior.

Quando ele finalmente chegou ao castelo, não se deu ao trabalho de manter a compostura. Assim que cruzou o pátio, os criados e guardas que o viram hesitaram, confusos e preocupados, ao observarem seu estado. Suas roupas estavam sujas, o cabelo desgrenhado e seu rosto molhado pelas lágrimas, mas o príncipe não se importava com o que eles poderiam pensar. Ele parou diante de um dos serviçais, sua voz entrecortada pela fúria e o desespero.

— Onde está o rei? — perguntou, quase gritando.

O serviçal, atordoado com sua fúria, respondeu em um sussurro hesitante:

— No salão, com a rainha, Vossa Alteza.

Sem perder mais tempo, Jimin seguiu diretamente para o salão, empurrando portas e cruzando corredores com um objetivo único em mente. O som de seus passos ecoava pelos corredores, cada vez mais firmes e decididos. Ao chegar diante das grandes portas que levavam ao salão, ele as empurrou com toda a força, fazendo um estrondo ecoar por todo o salão enquanto elas se abriam violentamente.

A rainha e o rei estavam sentados à mesa, suas expressões calmas e serenas, como se o mundo ao redor não estivesse em caos. Ao ver o filho entrar daquele jeito, Saeja ergueu as sobrancelhas, surpresa, enquanto o rei o olhava com curiosidade, fingindo ignorância.

— Jimin? O que significa essa entrada? — perguntou a rainha, alarmada ao ver a expressão transtornada do filho.

Mas o príncipe não deu atenção à mãe. Seus olhos estavam cravados no rei. Ele avançou alguns passos, as lágrimas ainda escorrendo pelo rosto, sua voz embargada pela raiva.

— O que você fez com Jungkook? — Sua voz saiu carregada de dor.

O rei, inicialmente, esboçou um olhar confuso, olhando para a rainha como se realmente não soubesse do que se tratava. Ele manteve o semblante neutro por alguns segundos, mas Jimin não acreditava nem por um segundo naquele teatro.

— Jimin, o que está acontecendo? — perguntou Saeja, levantando-se, preocupada.

— Não se faça de desentendido, pai! — Jimin gritou, interrompendo a mãe, sua voz cortando o ar como uma lâmina. — Eu fui até a cabana dele e encontrei tudo revirado! Sangue por toda parte! O que você fez com ele? O que você mandou fazer com ele?

O rei o observou por alguns segundos, e lentamente, um sorriso frio se formou em seus lábios. Ele sabia que não poderia mais esconder o que estava por trás de suas ações. Agora que Jimin estava ciente, não havia mais necessidade de fingir. Seu olhar se voltou para um dos homens de confiança que estava presente no salão.

— Vá em frente. Diga a ele o que aconteceu com o pobre Jungkook. — Ordenou o rei, com uma voz gelada, e então, ele recostou-se em sua cadeira, cruzando os braços.

O alfa, que estava ao lado do trono, deu um passo à frente, inclinando a cabeça levemente em respeito antes de falar. Sua voz era baixa, mas clara o suficiente para que o príncipe ouvisse.

— Jungkook está morto, Vossa Alteza.

Essas palavras caíram como uma lâmina no coração do príncipe. Ele sentiu o chão desaparecer debaixo de seus pés. O mundo ao seu redor parou. Não havia som, não havia movimento. Só aquelas palavras, ecoando em sua mente como uma sentença de morte.