Ascensão de um Arqueiro • JM + JK

Capítulo vinte e três

Desfrutem de uma boa leitura!

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O grande salão estava tomado por risos e conversas alegres. O banquete de casamento se estendia por horas, e os convidados, lordes e ladies de várias partes do reino, bebiam e brindavam em celebração ao novo reinado. O salão estava decorado com flores exuberantes, lustres brilhantes, e longas mesas cheias de iguarias dignas da realeza. No centro de toda essa grandiosidade, sentados em seus tronos, estavam o agora Rei Lee e o Rei Jimin.

Jimin olhava em volta com olhos cansados. A coroa sobre sua cabeça era mais pesada do que imaginava, não apenas pelo peso físico, mas pelo fardo emocional que ele representava. Suas mãos descansavam no colo, dedos entrelaçados com força enquanto ele tentava manter uma aparência serena, distante. Ao seu lado, o Rei Lee SiWoo mantinha-se impassível, ocasionalmente levantando sua taça para brindar com algum nobre ou membro importante da corte. Ele parecia satisfeito, mas não excessivamente festivo. Havia uma serenidade calculada em seus movimentos, o que apenas reforçava a imagem que ele cultivara de um líder calmo e seguro.

À medida que a noite avançava, o calor das tochas e o som abafado dos festejos ao redor pareciam cada vez mais distantes para Jimin. Ele sabia o que estava por vir. Logo, a dama de companhia o levaria ao seu quarto, onde ele deveria se preparar para cumprir a parte mais antiga e simbólica do casamento real: a consumação da união. No reino, era tradição que a consumação ocorresse na mesma noite do casamento, um rito de passagem necessário para selar definitivamente a aliança entre os dois reinos. Mas para Jimin, tudo aquilo parecia um pesadelo distante.

Ele olhou para SiWoo ao seu lado, perguntando-se como ele se sentia com aquilo. Ao longo das últimas semanas, ele havia se mostrado um homem respeitoso e compreensivo, mas ainda assim, havia partes dele que permaneciam um mistério para si.

Quando a dama de companhia se aproximou, Jimin sabia que era hora. A ômega curvou-se levemente diante do trono e sussurrou:

— Vossa Majestade, está na hora de subir.

Com um leve aceno de cabeça, Jimin se levantou, o longo tecido de seda deslizando suavemente sobre o chão. O salão, ocupado pelas conversas e risadas dos convidados, mal pareceu notar sua saída. Ele foi conduzido pelas escadas do castelo até os aposentos reais, seu coração batendo pesado no peito. Cada passo parecia mais difícil que o anterior, como se algo invisível o estivesse puxando de volta.

Quando chegaram ao quarto, a dama de companhia ajudou Jimin a retirar o pesado manto e o preparou para a noite que estava por vir. As velas no quarto iluminavam o ambiente suavemente, lançando sombras dançantes nas paredes de pedra. A cama real estava preparada, com lençóis brancos impecáveis. Era um cenário montado para uma noite de celebração íntima, mas Jimin sentia-se como se estivesse entrando em uma armadilha.

— Majestade — sussurrou a dama de companhia enquanto ajeitava os últimos detalhes de seu cabelo —, está pronto?

Jimin não respondeu imediatamente. Seus olhos estavam fixos na grande janela do quarto, onde a lua cheia brilhava intensamente. Ele estava longe de se sentir pronto, mas sabia que a escolha não estava em suas mãos. Quando finalmente voltou a atenção para a dama, forçou um leve aceno de cabeça.

— Pode me deixar sozinho agora. — Disse ele, sua voz baixa e controlada.

A dama de companhia fez uma reverência e saiu do quarto em silêncio, deixando Jimin em sua solidão. Ele caminhou lentamente até a cama, seu corpo tenso e sua mente uma confusão de emoções. Ele sentou-se na beira do colchão, o coração apertado, e aguardou.

Não demorou muito para que a porta se abrisse novamente, e o Rei Lee entrou no quarto. Ele estava vestido com uma túnica simples, diferente das vestes cerimoniais que usara durante a festa. Quando seus olhos encontraram os de Jimin, ele caminhou em sua direção com uma calma quase desconcertante.