Capítulo 8: JIN

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Eu só consigo pensar no que aconteceu hoje. Eu só preciso avançar mais um pouco e tentar de alguma forma que ela me conte a verdade.

Ela é casada? Mesmo eu contando do nosso passado, o tal "querido" não me pareceu incomodado, quanto a Sn, parecia nervosa e ansiosa a todo tempo. Claro, boa parte é minha culpa por provocá-la. 

Yejun...parece um ótimo garoto, senti algo diferente quando ele se aproximou. Não tinha notado nossas semelhanças, até que Yoongi apareceu dizendo que Jun era minha cara, e uau, ele realmente se parecesse muito comigo. Ela me diria se ele fosse meu filho? nosso filho. 
Não teria motivos pra me esconder, obviamente eu iria amar estar perto dele. Pode ser tudo um devaneio da minha cabeça, mas eu simplesmente não consigo parar de pensar. 

Envio algumas mensagens a ela, esperando que ela aceite conversar comigo. 

Manhã seguinte. 

— Mano, você está bem? — Hoseok fala ao entrar na sala e me ver andando de um lado para o outro. 

— Eu tenho cara de pai? 

— Por que a pergunta?

— Eu tenho ou não?

— Sei lá, andou fazendo filho por ai?

— Eu acho que tenho um filho. 

— O QUE? COM QUEM?

— Sn. 

— Ela te falou isso?

— Não, mas eu não paro de pensar nisso. O menino é minha cópia, só que ela não me contou nada, e além do mais tem o Mingyu. 

— Quem é Mingyu? 

— O "querido" dela. Aish, eu estou ficando maluco. Quero saber a relação que eles tem, se ele é o pai da criança ou não. 

— Pergunta pra ela. 

— É o que estou tentando fazer, mas ela não responde e nem atende minhas ligações. Essa maldita tá acabando comigo. 

— E se for pai do garoto, o que vai fazer?

— Ela vai ter que pagar por não ter me contado.

—Pensa bem no que vai fazer, se ele for ou não seu filho, precisa levar em consideração que ainda é uma criança, não arraste ele pra essa confusão de vocês dois. 

— Eu sei, não quero que ele se machuque também, por isso eu preciso ter certeza. 

Olho para a tela do celular e nem sinal de uma resposta. 

— Eu vou atrás dela. — digo já em direção a saída. 

— Mas você tem reunião agora. 

— Confio em você, boa sorte com a reunião. — falo pra ele e saio correndo.

— Jin! — o ouço gritar mas já estou longe.

As ruas estão movimentadas, e minha mente está a mil. Preciso encontrá-la, e até que não foi tão difícil descobrir seu endereço, só precisei de um telefonema. Sigo em direção ao condomínio a qual me informaram que ela mora, rezando para que ela esteja lá. Ao chegar, meu coração dispara. Olho ao redor, procurando por qualquer sinal dela. Finalmente, avisto uma silhueta familiar. É ela.
Aproximo-me devagar, tentando não assustá-la. Quando estou perto o suficiente, chamo seu nome suavemente:

— Sn... 

Ela levanta a cabeça, surpresa, e nossos olhares se encontram.

— Jin, o que você está fazendo aqui? — ela pergunta, sua voz tremendo um pouco.

— Eu precisava te encontrar. Precisamos conversar.

Há um silêncio pesado entre nós durante alguns instantes.

— Como sabe onde eu moro?

— Isso não importa agora.

— O que você quer Jin? Vai ficar me perseguindo agora?

— Quero tirar uma dúvida: quantos anos tem o Jun?

— Não te interessa. — ela tenta sair de fininho mas eu seguro sua blusa e a puxo de volta.

—Ele é...eu sou o pai dele? — ela fica em silêncio. — Responde Sn, sou ou não?

— Não, você não é. Satisfeito?

— Mas como?! Aquele cara e você...

— É, somos casados. Agora vai embora.

— Tem certeza?

— Não acredita em mim? 

 — Não, eu não acredito. — falo me aproximando mais e mais, até que ela não tenha saída, se recostando na parede.

— Se fosse mesmo casada, teria um anel bem grande no seu dedo, não acha?

— Não gosto de anéis.

— Sério? Ontem você usou alguns.

— É que... é que, por que está fazendo isso, hein?

— Me fala a verdade. Porque eu não acredito que você e ele sejam um casal. Com certeza ele ficaria com ciúmes ao ver a esposa perto do cara que ela já passou a noite, e ouvir as várias safadezas que fizemos juntos, não acha?

— Ele não tem ciúmes... quer parar de chegar tão perto.

— Por quê, tem medo que eu te beije?

— Não.

— "Não", do tipo sem medo, ou "não", do tipo não quero que você me beije?

— Apenas "não".

Sua respiração é tão rápida e ofegante quanto a minha. Eu juro que estava prestes a beijá-la, mas no instante que isso ia acontecer, ela me empurra.

— Olha, ele não é seu filho, agora para de me seguir, tá legal?

— Ok. — respondo, antes de fazer uma pausa em frente à porta da casa dela.



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