Capítulo 7: SN

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Respira Sn
Respira.

Estou em um dilema, cavo um buraco no chão pra que eu me esconda ou afundo a cabeça de SeokJin nessa mesa?

Eu me atirei nele? — rio fraco.
Até parece! Eu não faria isso...talvez, NÃO, eu não faria...acho.

Ele sorri e me olha como se estivesse contente em me ver nervosa, o que ele tem? Seu hobby preferido agora é me irritar?

— Fizemos muito mais do que só dormir. Fez até strip-tease pra mim.

— Eu não...eu fiz?

Eu fiz? Ai meu deus, eu fiz!!

Bebemos tanto naquela noite que isso simplesmente foi deletado da minha memória. Só me lembro de acordar na manhã seguinte, pegar minhas coisas e ir embora. Não é que eu não tenha gostado, muito pelo contrário, foi muito, muito bom. O problema é que eu conheço homens como ele, certamente seria um problema pra mim, e sabe, de problemas eu já tenho muitos.

Ele não consegue calar a boca e continua falando sobre aquela noite. Nesse momento eu torço pra que um anjo entre por aquela porta e me salve. Fecho meus olhos com força, colocando toda minha positividade nessa pedido, torcendo pra que se realize.

— Jin! — ouço uma voz chamar.

Anjo, é você?

— Yoongi! — ele se levanta e o cumprimenta.— Já faz um tempo que não te vejo.

— Mamãe, acho que me machuquei. — Yejun se aproxima mostrando o braço um pouco ralado.

— Oh Jin, por que não me contou? Ele é realmente sua cara.

— O que? Ah não, tá falando do baixinho ali? Não, ele não é meu filho.

— Sério? Que bizarro, parece você pequeno. Enfim, foi bom te ver. Tchau mini Jin. — ele acena para Yejun e vai pra uma mesa onde já havia pessoas o esperando.

Definitivamente meu anjo veio com defeito e só me afundou ainda mais nessa confusão.

Jin pigarreia, enquanto Mingyu coloca um curativo no Yejun.

— Yejun. — Jin o chama e o mesmo vai imediatamente.

O que ele vai fazer? Engulo em seco e suspiro fundo.

— É, nós dois nos parecemos mesmo. Não acha Sn?

— Nem um pouco. Jun, vem comigo.

— Mas eu gostei do tio Jin, mamãe.

— Os jovens amam caras bonitos como eu. Jun, você tem quantos anos?

— Por que quer saber? — Pergunto.

— Ele poderia ser meu filho.

Acabo me engasgando com sua fala. E os três me olham.

— Por que estão me olhando? Terminam de comer logo.

Assim que terminamos, O silêncio que paira no ar é pesado, quase palpável, como se cada um de nós estivesse perdido em seus próprios pensamentos.

— Vamos Mingyu? — o chamo para ir embora e ele se levanta.

— Sn...nada, deixa pra lá. Eu te ligo. — Jin fala e eu apenas aceno concordando. — Tchau Jun.

— O que foi aquilo? — Mingyu pergunta quando já estamos no carro.

— Aquilo o que?

— Tudo, Sn, você e o tal do Jin. Parecia estranha do lado dele, tem alguma coisa que eu preciso saber?

— Tem.

— O que é?

— Aprender a ficar quieto e nos levar pra casa, pode ser?

— Que mal humor todo é esse?

— Eu só quero silêncio, será que pode parar de fazer perguntas?

— Mulher cruel. — ele resmunga baixo.

— Eu estou ouvindo.— digo e ele faz sinal de silêncio.

O tempo passa relativamente rápido e agradeço por isso. Só quero esquecer da loucura que foi o dia de hoje, mas meu celular apita sem parar e nem preciso olhar a tela pra saber quem está me irritando.

"Sou eu"

"Ah, você tem que salvar meu número"

"Podemos conversar? prometo não te provocar, mas quero saber uma coisa"

UMA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora