Respira Sn
Respira.Estou em um dilema, cavo um buraco no chão pra que eu me esconda ou afundo a cabeça de SeokJin nessa mesa?
Eu me atirei nele? — rio fraco.
Até parece! Eu não faria isso...talvez, NÃO, eu não faria...acho.Ele sorri e me olha como se estivesse contente em me ver nervosa, o que ele tem? Seu hobby preferido agora é me irritar?
— Fizemos muito mais do que só dormir. Fez até strip-tease pra mim.
— Eu não...eu fiz?
Eu fiz? Ai meu deus, eu fiz!!
Bebemos tanto naquela noite que isso simplesmente foi deletado da minha memória. Só me lembro de acordar na manhã seguinte, pegar minhas coisas e ir embora. Não é que eu não tenha gostado, muito pelo contrário, foi muito, muito bom. O problema é que eu conheço homens como ele, certamente seria um problema pra mim, e sabe, de problemas eu já tenho muitos.
Ele não consegue calar a boca e continua falando sobre aquela noite. Nesse momento eu torço pra que um anjo entre por aquela porta e me salve. Fecho meus olhos com força, colocando toda minha positividade nessa pedido, torcendo pra que se realize.
— Jin! — ouço uma voz chamar.
Anjo, é você?
— Yoongi! — ele se levanta e o cumprimenta.— Já faz um tempo que não te vejo.
— Mamãe, acho que me machuquei. — Yejun se aproxima mostrando o braço um pouco ralado.
— Oh Jin, por que não me contou? Ele é realmente sua cara.
— O que? Ah não, tá falando do baixinho ali? Não, ele não é meu filho.
— Sério? Que bizarro, parece você pequeno. Enfim, foi bom te ver. Tchau mini Jin. — ele acena para Yejun e vai pra uma mesa onde já havia pessoas o esperando.
Definitivamente meu anjo veio com defeito e só me afundou ainda mais nessa confusão.
Jin pigarreia, enquanto Mingyu coloca um curativo no Yejun.
— Yejun. — Jin o chama e o mesmo vai imediatamente.
O que ele vai fazer? Engulo em seco e suspiro fundo.
— É, nós dois nos parecemos mesmo. Não acha Sn?
— Nem um pouco. Jun, vem comigo.
— Mas eu gostei do tio Jin, mamãe.
— Os jovens amam caras bonitos como eu. Jun, você tem quantos anos?
— Por que quer saber? — Pergunto.
— Ele poderia ser meu filho.
Acabo me engasgando com sua fala. E os três me olham.
— Por que estão me olhando? Terminam de comer logo.
Assim que terminamos, O silêncio que paira no ar é pesado, quase palpável, como se cada um de nós estivesse perdido em seus próprios pensamentos.
— Vamos Mingyu? — o chamo para ir embora e ele se levanta.
— Sn...nada, deixa pra lá. Eu te ligo. — Jin fala e eu apenas aceno concordando. — Tchau Jun.
— O que foi aquilo? — Mingyu pergunta quando já estamos no carro.
— Aquilo o que?
— Tudo, Sn, você e o tal do Jin. Parecia estranha do lado dele, tem alguma coisa que eu preciso saber?
— Tem.
— O que é?
— Aprender a ficar quieto e nos levar pra casa, pode ser?
— Que mal humor todo é esse?
— Eu só quero silêncio, será que pode parar de fazer perguntas?
— Mulher cruel. — ele resmunga baixo.
— Eu estou ouvindo.— digo e ele faz sinal de silêncio.
O tempo passa relativamente rápido e agradeço por isso. Só quero esquecer da loucura que foi o dia de hoje, mas meu celular apita sem parar e nem preciso olhar a tela pra saber quem está me irritando.
"Sou eu"
"Ah, você tem que salvar meu número"
"Podemos conversar? prometo não te provocar, mas quero saber uma coisa"
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UMA NOITE
Hayran KurguApós uma dolorosa traição dentro de sua própria família, a vida de Sn é marcada por desafios. Entre os segredos guardados e um encontro inesperado, Sn descobre que o amor e o destino têm formas misteriosas de se entrelaçar, forçando-a a confrontar o...