Capítulo 35: JIN

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Acordei com a Sn me chamando sem parar, e sussurrando a frase que eu mais queria ouvir: "Talvez eu possa estar grávida"

Fiquei extremamente animado, e por um momento pensei que tinha me saído tão bem na noite anterior que, mesmo desafiando as lógicas e o tempo biológico, a gravidez já estava dando os sinais.

Apesar de estar feliz, Sn parecia nervosa. Tento acalmá-la, mas sei que isso só será possível quando ela se sentir totalmente segura. Posso notar que sua preocupação é que a perseguição da sua "família" não tenha fim.

Me arrumo rapidamente e decido ir a uma farmácia comprar um teste. Mesmo sentindo que dessa vez é realmente verdade, achei melhor confirmar só pra que eu não me iluda de novo. No caminho, recebo uma ligação do Hoseok.

— Jin, tenho novidades!

— Hoje o dia está cheio de novidades, mas a minha vou deixar pra contar depois. Diga, o que aconteceu?

— Tem um mandado de prisão para o pai da Sn... quer dizer, para o Moon Yeon.

— Está falando sério? Isso é fantástico, a Sn está tão nervosa com tudo isso que, finalmente, ela vai poder viver em paz.

— A mãe e a irmã dela estão sob investigação e estão na delegacia agora. Ao que parece, além das perseguições com a Sn, incluíram a morte do avô dela; encontraram traços de veneno no sangue dele, mas o caso foi arquivado após o falecimento. Acreditam que seja pelo testamento, já que ele deixou tudo no nome da Sn; ela só não sabe ainda.

— E o Moon Yeon?

— Ainda não conseguiram localizar, mas já tem polícia em toda parte procurando por ele.

— Aquele merda! Com tanto que prendam ele, já estou aliviado.

— Vão prender! Liguei só pra contar a notícia. E qual a sua novidade que não pode me contar agora?

— Vai saber em breve. Me deseja sorte!

— Hm, então tá, boa sorte pra seja lá o que. — ele fala antes de desligar. Guardei o celular no bolso e entrei em uma farmácia.

Depois de ter encontrado o que eu queria, estava indo até um mercado quando recebo a ligação do Mingyu. Ele não costuma me ligar, então achei um pouco estranho. Mas, devido às circunstâncias, pensei que ele já tinha recebido as notícias sobre o Moon Yeon.

— Está com a Sn, né? — ele pergunta assim que eu atendo.

— Oi pra você também, cunhadinho! Vim comprar uma coisa, mas já estou voltando pra casa. Por que?

— Não pode deixar ela sozinha!

— Ei, relaxa! Ela está bem.

— Você não está me entendendo! O cretino do Yeon veio atrás de mim, e com certeza vai atrás dela também. Eu estou chegando na sua casa, vem o mais rápido pra cá. — ele diz e já desliga o telefone.

Meu coração acelera e o nervosismo vai tomando conta do meu corpo. Eu não estava tão perto de casa, mas fui correndo o máximo que eu podia. Se dependesse do trânsito, eu ficaria horas parado ali, então precisei deixar o carro e ir correndo mesmo.

15 minutos depois, quando estou me aproximando, avisto a polícia estacionar em frente de casa, mas não paro, apenas passo reto entrando primeiro.

A porta estava aberta, e ouço alguns soluços de choro.

— SN! — grito, e minha voz sai em desespero. Olho pra sala e a vejo de joelhos no chão. Ela me olha e se levanta, com sangue espalhado por seus braços.

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