Capítulo 21: JIN

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Caramba, às vezes eu me pergunto se ele realmente é meu amigo. Quanto mais tenta ajudar, mais minha situação se afunda, e eu só clamo para ele calar a boca antes que todo o meu esforço para ter ela ao meu lado se esvaia.

Assim que Hoseok sai, respiro aliviado de permanecer apenas eu e ela na sala.


— Então... não está brava, não é? — pergunto só pra confirmar.

— Vou fingir que isso não aconteceu. — Eu sorrio. — Mas se eu souber que está de gracinha pro lado dela...

— Ok, ok, eu prometo! — Interrompo porque sei que ela seria capaz de me capar.

— Isso quer dizer que...vai me ajudar a resumir tudo aquilo? — ela fala com um sorriso apontando pra pilha de contratos.

— Espertinha, me usando pra terminar com o que você mesma prometeu.

Ela faz uma cara extremamente fofa que eu fui incapaz de recusar.

Já fazia um tempo que estávamos focados naquilo, e eu torcia para que terminássemos logo, assim poderia passar mais tempo com ela. Apenas somos interrompidos por meu estômago que ronca, e ela ri.

— Vou buscar alguma coisa pra a gente comer. — ela diz já se levantando.

— Você é um anjo, sabia? — eu respondo com um sorriso.

Enquanto isso, aproveito para continuar o que estávamos fazendo.

Há muitos restaurantes e conveniências por perto; no máximo, levaria apenas 30 minutos até que ela retornasse. O que me estranha é o fato de já terem se passado 2 horas e meia, e nem sinal dela.

Pego meu celular e ligo, mas o toque do celular alerta que ela o deixou aqui.

Decido sair para procurá-la. As pessoas que circulam o corredor apenas me respondem dizendo que a viram conversar com uma mulher do lado de fora. Sigo até a entrada, mas não a encontro.

A inquietação começa a tomar conta de mim. Respiro fundo, tentando manter a calma enquanto olho ao redor, tentando encontrar qualquer pista que possa me levar até ela. 

Avisto Hoseok que caminha em minha direção.

— Viu a Sn? — pergunto com um tom de preocupação.

— Não, achei que estavam juntos na sua sala.

— Ela saiu pra comprar comida, já tem mais de duas horas.

— Liga pra ela.

— Como se eu já não tivesse pensado nisso. Ela esqueceu o celular.

— Relaxa, ela deve ter ido a algum restaurante mais longe.

— É, pode ser.

Fico andando de um lado para o outro e minha preocupação só aumenta. Mais uma hora se passa e já cogito a ideia de ligar para a polícia. Ela não sumiria assim de repente.

— Fica calmo, ela já vai aparecer. — Hoseok, que me acompanha na espera, fala tentando me acalmar.

— Tem alguma coisa errada.

— E o tal Mingyu, já tentou falar com ele?

— Ah Mingyu, isso! Vou ligar. —pego o celular dela que por sorte a senha é a data de nascimento do Jun.

Toca uma, duas e na terceira ele atende.

— Oi Sn! — ele diz.

— Oi, sou eu, Jin.

UMA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora