Capítulo 14: SN

81 15 3
                                    

Ele estava perto! Pela terceira vez no dia, ele estava a milímetros de mim. Será que ele sabe que me causa arrepios e faz isso pra me deixar maluca?

Minha respiração ofega e ouço a pulsação do meu coração mais forte. Quando penso que ele vai finalmente me beijar, ele solta:

— Meu celular está embaixo do travesseiro! — pega o celular e sorri, enquanto minha respiração continua pesada.

Eu o puxo de volta, grudando-o mais ainda em mim.

— Não tem coragem para isso? — pergunto.

— O que isso quer dizer?

Baixo o olhar até sua boca.

— Não vai fazer o que queria ter feito ali na cozinha ou a segundos atrás?

— Não me provoca Sn.

— Eu disse que faria tudo que quisesse.

Um sorriso se formou em seu rosto, e sinto sua boca grudar na minha.

Suave
Quente
Doce, e
Perfeito.

Nos afastamos lentamente apenas para recuperar o fôlego. Seus lábios estão abertos e aproveito para beijá-lo de novo. 

— Sn...— ele sussurra entre o beijo. — Se continuar descendo essa mão, eu não vou mais me conter. 

— Acha que é capaz de se controlar? — pergunto e posso jurar que ele lambeu levemente seus lábios. 

— Talvez se fechar seus olhos...e cobrir seu rosto...e cobrir seu corpo também. Na verdade, seria possível se saísse correndo daqui. 

— E quem disse pra você se conter? Eu quero que se descontrole. — fixo meus olhos nos dele. 

— Tem certeza disso? Da primeira vez você fugiu na manhã seguinte. 

Um flash daquela noite me corre pela minha espinha.

— Mas não adiantou muito, dessa vez estou na sua cama, pode me prender aqui se quiser. 

— Você quem pediu. — ele diz antes de deslizar a mão por minha cintura e me beijar desesperadamente.  

Meu corpo vibra a cada toque em uma constante de "por favor, me foda em mais UMA NOITE"

Pensando bem, talvez a promessa que eu fiz não é de todo ruim, na minha concepção nós dois saímos ganhando. 

Sua boca trilha por meu pescoço enquanto eu desabotoou sua camisa.
Ele me ajuda terminando de tirar sua blusa a jogando no chão, e volta seu olhar pra mim novamente. 

Posso sentir cada pedaço de mim se arrepiar a cada movimento seu, e meu único pedido agora é pra que isso não acabe. Lentamente ele leva uma de suas mãos no meu pescoço enquanto a outra habilidosamente retira minha roupa. Talvez meu inconsciente tenha adivinhado que isso iria acontecer, já que facilitei o seu trabalho ao esquecer de colocar meu sutiã. 

— Espera! — peço ofegante. 

— O que foi? Quer que eu pare? 

— Não, não é isso. — me viro pra cabeceira ao lado abrindo as gavetas.

— O que está procurando? 

— Isso. — falo erguendo o preservativo. — Não estou afim de ter mais um filho. 

— Certo, quem sabe mais pra frente, não tenho dúvidas que nasceria bonito. 

— Mais pra frente? o que você quer...— ele me cala beijando novamente e acabo esquecendo o que eu ia dizer. 

Sua mão percorre até a minha pegando o preservativo que eu ainda segurava.

Se eu tivesse que descrever o cenário nesse momento diria "sem roupa, sem ar, e muito desejo". A propósito, ele consegue ser melhor do que na primeira vez que o conheci.

Ele geme na minha boca e sinto ele me invadir.
Ahh, isso é...eu poderia dizer a ele o quanto ele é bom, mas sabe, a autoestima inabalável com certeza iria concordar e dizer "óbvio, meu pênis é glorioso", e com aquele rosto ridiculamente perfeito dele ficaria difícil contrariar.





UMA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora