Capítulo 23: JIN

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Manhã seguinte:

— Certo. Preciso de mais um tempo, assim que eu conseguir te aviso. E ah, vê se não abre o bico, ela não pode saber ainda.

— Acordou cedo! — ouço a voz de Sn atrás de mim, guardo o telefone rapidamente e vou até ela.

— Precisei resolver umas coisas. — a abraço. — Como você está?

— Muito bem.

— Já falei com os meus pais, estão felizes em passar um tempo com o Jun. Vou acordar ele, e depois do café vamos pra lá, pode ser?

— Você tem certeza de que eles não vão se incomodar? — ela questiona um pouco relutante.

— Já te falei, eles estão ansiosos! O Jun já tem um quarto que é a versão mini da Disneylândia na casa dos avós. Ele é o primeiro neto, você devia estar mais preocupada com ele virando um príncipe mimado!

— Tudo bem, tudo bem, mas é que eu nunca fiquei tanto tempo longe dele! É um pouco solitário sem ele.

— Mas não está sozinha, ainda tem a mim. — digo, e ela sorri. — Podemos sempre ligar para ele, e quando tudo estiver resolvido, vamos correndo o buscar, eu prometo!

— Então, vou preparar as coisas dele. — ela diz, já se dirigindo para o quarto.

Consigo ver que está triste em ter que tomar essa escolha, ao mesmo tempo que está aliviada em mantê-lo seguro.

— Oi, meu amor. — ouço ela sussurrar para o Jun, que desperta lentamente. — Tá na hora de acordar. Não adianta fingir que está dormindo. — ela faz cócegas e ele ri, se entregando.

— Faz cosquinha. — ele resmunga, rindo.

— Faz, né! Você e o seu pai adoram fingir que estão dormindo, mas vocês dois são péssimos em me enganar.

— Estou ouvindo tudo! — digo, chamando a atenção deles.

— Não me importo, só falei a verdade.

— Filho, sua mãe não sabe do que está falando.

Ela faz uma careta e se deita o abraçando.

— Jun, você lembra que o vovô disse para visitarmos ele?

Ele balança a cabeça confirmando.

— A mamãe e o papai precisam ficar aqui, e você vai ficar um tempo lá com ele e com sua avó.

— Mas por que vocês não podem vir comigo?

— Porque precisamos... trabalhar, mas depois vou voando pra te ver, combinado?

— Jun, lá tem um monte de coisas legais pra você brincar! Vai ter um parquinho só pra você! — digo, tentando o convencer.

— Isso parece bem legal! — ele responde, já com um sorrisinho no rosto.

— Então vamos tomar banho, rápido! — fala Sn, e ele sai pulando da cama.

Depois de nos arrumarmos, partimos rumo à casa dos meus pais. A viagem leva cerca de 2 horas, mas o caminho todo foi tranquilo.

Ela estava uma pilha de nervos e ansiedade.

— Relaxa, minha mãe vai te adorar! — digo, fazendo meu melhor para tranquilizá-la.

— Você acha que minha roupa está legal? Meu cabelo tá ok? Estou muito simples? — ela dispara, como uma metralhadora de inseguranças.

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