Capítulo 30: SN

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Sabe aqueles momentos em que você percebe que, apesar das decepções, a sorte está batendo à sua porta? Pois é, estou vivendo isso agora. É como se, na mesma intensidade que nosso relacionamento desmoronou, agora ele está se reinventando com força. E algo me diz que essa sensação boa ficará pelo resto da minha vida.

— O quarto já está prontinho pra vocês! — avisa a Sra. Kim.

— Muito obrigada!

Enquanto isso, Jimin, Tae e Jungkook estavam tão à vontade que pareciam ter um cartão de membro da família! Eles se gabaram de ter um quarto feito sob medida para eles durante as férias com o Jin. E Jun, coitado, acabou dormindo no colo do pai, depois de uma maratona de brincadeiras!

Vou em direção ao quarto que a mãe dele preparou e Jin aparece logo em seguida. Ele me lança um olhar que já me faz adivinhar o que está por vir. E eu confesso, tenho minha cota de culpa por ter provocado ele mais cedo!

— Hm, tem certeza de que quer ficar longe de mim? — ele diz, se aproximando.

Eu quase cedi. Mas vamos concordar que é um tanto constrangedor fazer o que eu gostaria de fazer com ele aqui. Ele chega tão perto que me faz deitar na cama e se posiciona acima de mim com uma mão apoiada próxima à minha cabeça, enquanto a outra afasta as mechas do meu cabelo.

Me desvencilho, ajustando a roupa e puxando um ar profundo.

— Vou buscar o Jun! — anuncio, já pensando na minha desculpa.

— Mas ele tá dormindo, Sn.

— Ah, é que, sabe... passei tanto tempo longe dele que estou morrendo de saudades do meu bebezinho! Vou trazer ele pra dormir aqui com a gente. — perfeito, assim não excedemos a aproximação.

— Sério? Deixa ele lá, dormindo em paz! Se você mexer, vai acabar acordando o pequeno. Prometo que não vou aprontar nada, era só uma provocação!

— É exatamente isso que me apavora.

— Medo de mim?

— Não, medo de mim.

— Não consegue se controlar? — ele solta um sorrisinho de que a qualquer momento vai se gabar da sua beleza. — Ah, entendi, sou tão irresistível que dá medo, né?

— Ok, perdi a vontade. Que tal a gente tirar um cochilo? — digo me jogando na cama.

— Eu só vou te abraçar. — ele me puxa pra mais perto e eu sorrio.

— Isso pode! — digo, e ele me abraça mais forte. — Te amo! — falo enquanto ele parece analisar cada centímetro do meu rosto.

— Acho que nunca vou conseguir me acostumar com você falando isso. Meu coração acelera toda vez.

— Ok, vou evitar falar pra não te dar um ataque cardíaco.

— NEM PENSAR! Foi só um jeito de dizer que eu amo quando você fala isso. E...eu te amo muito também.

Ele me beija suavemente, calmo mas apaixonante. Quando ele se afasta, a sensação da sua boca na minha ainda está presente, e a única coisa que se passa pela minha cabeça é:

"Ninguém vai ouvir, certo?"

"Ah, o quarto dos pais dele é aqui do lado, a parede pode ser fina demais."

"Mas se ficarmos bem quietinhos..."

Sorrio, mas quando tento falar, ele simplesmente atropela minhas palavras!

UMA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora