Capítulo 13: JIN

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Por que diabos aquela... aish... por que ela não para de falar daquele cara? Eu não sou suficiente? Tento não demonstrar, tento ser compreensivo e racional, mas é difícil. Cada vez que seu nome aparece na conversa, sinto um nó se formar no meu estômago. O que ele tem que eu não tenho? Será que ela está comparando a gente o tempo todo?

Assim que me acalmo, retorno para a sala e ela me olha de uma forma que me deixa todo desconcertado. Aliás, qualquer olhar que ela me lança tem esse efeito em mim.

— Eu terminei. — ela diz, e eu fico surpreso por terminar tão rápido.

— Fez certo? — pergunto, mantendo a postura séria.

— Quer conferir?

— Não, vou confiar em você.

— Então já posso ir embora?

— NÃO!

— Não? — ela pergunta com uma cara de cansada.

— Tá, eu vou com você.

— Pode mesmo sair a hora que quer?

— Eu sou o chefe, eu saio a hora que eu quiser, e só falta 1hr pro expediente acabar. Além do mais eu vou onde você for. — digo e pigarreio em seguida. — Quero dizer, você ainda tem que me servir muito pra eu te perdoar, então o seu expediente ainda não acabou senhorita.

— E o que vossa alteza deseja que eu faça agora?

Vou me afastando, e ela, com a bolsa em mãos, me segue.

— Pra começar... que tal parar de mencionar ele?

— Hum?

— Para de falar dele. — minha voz vai diminuindo no final.

— Fala mais alto, não estou entendendo nada!

— PARA DE FALAR O NOME DO MINGYU, CARAMBA!

Quando me dou conta falei alto demais e ela me analisa com uma feição de incredulidade, enquanto o povo pelos corredores nos observa como se estivéssemos em um reality show.

— Jin, por que eu pararia de falar dele?

— Ué, não tá claro? Eu não suporto, o nome dele me dá até uma taquicardia!

— Nossa, que razão mais ridícula. Deixa eu te contar uma coisinha: ele é super importante pra mim e pro Jun. Não é porque você não gosta dele que agora temos que fazer suas vontades.

— E nosso acordo?

— Não vem com essa de acordo pra cima de mim. O seu problema é comigo, ok, eu admito fui insensível e egoísta por ter escondido seu filho, mas não faça disso um motivo pra me afastar das pessoas que eu gosto. — ela fala misturando raiva e decepção, e vai em direção ao estacionamento em seguida.

O caminho todo foi um absoluto silêncio. Não quis confrontá-la, porque tinha medo de ficar ainda mais brava, então só segui para a escola do Jun, e levamos ele mais cedo pra casa também, o que foi um alívio, pois só assim consegui ver ela sorrir de novo.

— Oi pequeno, como foi seu dia? — pergunto a ele assim que me abraça.

— Foi muito legal. — sorri e olha pra Sn, então, ele se inclina e sussurra no meu ouvido: — Papai, por que a mamãe tá nervosa?

— Como sabe que ela está nervosa? Virou vidente?

— O que é vidente? — questiona curioso.

UMA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora