UMA NOITE

Capítulo 33: JIN

Fui tapeado!

É, talvez eu tenha sonhado demais e criado cenários na minha cabeça de como seríamos uma família grande e feliz. Não que a gente não tenha uma família feliz, mas participar de cada momento da gestação ao invés de só participar do momento em que um dos meus amiguinhos de baixo entra em uma corrida épica até o útero dela e só um deles se torna campeão, seria realmente muito bom.

Em minha defesa, os sinais indicavam totalmente que ela estava grávida. Enjoo, desmaio, cansaço... Confiei no que Namjoon me contou, até porque ele é o médico.

Assim que chegamos em casa, ela corre para o banheiro e eu decido tirar satisfação com quem me iludiu.

— Tem certeza de que você se formou em medicina? — pergunto assim que ele me atende.

— O quê?

— Me disse que a Sn estava grávida, mas ela não está.

— De novo: O quê? Eu nunca disse que ela estava grávida.

— Disse sim, eu lembro muito bem de você... — paro um pouco pra refletir. — É, você não disse.

— Agora que percebeu é? Você desligou, sem nem me deixar te avisar pra não se precipitar e que poderia ser só pressão baixa.

— Foi mal, eu acabei me empolgando.

— Que tom é esse? Parece decepcionado.

— Não. — Minto e ele ri.

 — Você não engana ninguém! É óbvio que está triste por ela não estar grávida. Gostou tanto de ser pai do Jun, que quer mais um?

— É claro! Tenho que passar minha beleza adiante. Fazer filho bonito deve ser meu dom, quero confirmar essa teoria.

— Vou fingir que não ouvi isso. Deveria pedir a Sn em casamento!

— Ah... não sei se ela iria aceitar, depois do que aconteceu entre nós, acho que... ela está vindo! Nos falamos depois. — desligo assim que vejo a Sn saindo do banheiro.

— Estava falando com quem? — ela olha ao redor.

— Era o Nam, perguntando se você estava melhor. Eu tinha ligado para ele quando você passou mal.

— Hmm... — ela sorri, se sentando no sofá e me envolve em um abraço.

— Seu aniversário está chegando, o que você quer de presente?

— Nadinha, só você do meu lado. — Ela responde com um sorriso fofo.

— Deveríamos comemorar.

— Não costumo fazer nada demais. Comemorava só com o Jun e Mingyu, e só porque eles insistiam muito.

— Jun é muito fofo. Apesar do susto que aquele menino nos fez passar, ele só queria te fazer uma surpresa.

— Tinha que ver no ano passado. Quando acordei a cozinha parecia um campo de batalha com ovo e trigo por todo lado. Segundo ele, aquela lambança ia se tornar um bolo de aniversário.

— Queria que ele estivesse aqui com a gente, já estou com saudades. — digo, suspirando, e ela acaricia meu rosto.

— Eu também estou com saudades.

— E tem outra coisa que também quero... — me inclino para cima dela e ela se afasta apoiando os braços no sofá. — mais um... bebê!