Capítulo XVIII

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Fury's Way

Seven Devils - Florence + The Machine

Seven Devils - Florence + The Machine

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Oberyn andava impaciente pelo quarto onde estava hospedado no último mês, seu rosto sombrio refletindo a fúria que crescia dentro de si. As paredes de pedra fria pareciam estreitar ao seu redor, o confinando como um prisioneiro.

O jarro de vinho em suas mãos tremia com a força de seu aperto, até que ele, num impulso de frustração, o lançou contra a parede, fazendo o líquido escarlate se espalhar como sangue sobre as pedras.

Elia, sentada à mesa, observava o irmão com uma mistura de tristeza e exasperação. Seus olhos suplicavam para que ele se acalmasse, mas ela sabia que a chama em Oberyn não se apagaria tão facilmente.

- Até quando vai me manter no escuro?! - Ele rugiu, a voz grave reverberando pelas paredes. - Até quando esse maldito vai me impedir de saber onde está meu filho?

Elia se levantou de forma brusca, atravessando o quarto em direção a Oberyn. Suas mãos seguraram firmemente o braço dele, tentando conter a tempestade que se avizinhava.

- Oberyn, por todos os Deuses, isso é demais! - A voz dela soou firme, mas havia uma urgência contida nela. - Você não está sendo racional.

Ele puxou o braço com força, afastando-se do toque da irmã, como se o simples gesto fosse um obstáculo à sua revolta.

- Estou no meu limite, Elia. - A voz de Oberyn baixou para um rosnado, seus olhos queimando com um fogo quase indomável. - Aquele maldito não me deixa saber onde meu filho está. A essa altura, qualquer coisa pode ter acontecido, e eu estou aqui, sem poder fazer nada!

A tensão entre eles era palpável, quase tão densa quanto o ar abafado do quarto. Elia se aproximou novamente, dessa vez com mais suavidade, os olhos castanhos tentando penetrar a raiva do irmão.

- Eu entendo seu medo, irmão, mas confrontar Aerys não vai resolver nada. - Ela disse, tentando acalmar o guerreiro impetuoso que tanto amava. - A última coisa que Rhaenys precisa agora é de mais conflitos.

Oberyn se virou para encará-la, o peito subindo e descendo com a respiração pesada.

- Eu poderia matar aquele velho com as minhas próprias mãos. - Oberyn murmurou entre dentes, voltando a andar com passos largos e furiosos pelo quarto. Seu olhar ardia de raiva, o corpo em tensão constante, como se estivesse prestes a explodir.

Elia observava cada movimento com uma mistura de preocupação e impotência, sabendo que as palavras de Oberyn, embora cheias de fúria, não eram completamente vazias. Ele estava à beira do limite.

𝕱𝖎𝖗𝖊 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖆𝖓𝖉 - 𝕺𝖇𝖊𝖗𝖞𝖓 𝕸𝖆𝖗𝖙𝖊𝖑𝖑Onde histórias criam vida. Descubra agora