Capítulo 21

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A camiseta ao redor do meu corpo estava roçando dolorosamente nos meus mamilos, isso estava fazendo com que a dor se espalhasse por meus seios me deixando tensa. Embora fosse uma dor incômoda, era completamente suportável, a menos que encostasse diretamente — o que aconteceu com a mesa que estávamos trabalhando.

Ainda faltando um dia para o encontro, Erik precisava aprender isso de um jeito ou de outro. Mas estava sendo completamente impossível gravar as informações em sua cabeça e por algum momento, cheguei a imaginar que ele sequer tinha o interesse em aprender.

Só que ele não tinha escolha nesse caso.

Enquanto eu não conseguia me concentrar, Erik se sentou no centro da mesa, me impedindo de me aproximar de Roger, ainda que eu não quisesse nada com ele. Era de certa forma hilário ver aquela montanha preocupada com um cara magricela.

Mas isso sequer fazia diferença para mim, ainda mais enquanto tentávamos os dois explicar para Erik o quão importante era que fosse atento. Ele acenava sério e acariciava minha coxa por baixo da mesa, ajudando a dor pulsante em meus seios a mandar essa pulsação para o meio das minhas pernas.

— Se não conseguir quebrar essa barreira, cara. Está ferrado, os dados podem ser corrompidos e não conseguiremos recuperar nada.

Erik bufou irritado, ele era um agente de campo, forte e sem medo de enfrentar lugares perigosos. Não havia motivos para que precisasse se preocupar em aprender sobre códigos durante sua vida, e eu não o julgava por isso.

— Isso não vai dar certo. — Nathaly suspirou. — Não temos agentes que estejam fora dessa lista e muito menos que conheça tanto assim a tecnologia para conseguir algo deles.

— Podemos conhecer o castelo primeiro, um reconhecimento de campo.

Prendi a respiração ouvindo Alex pensar alto, como se essa não fosse apenas uma missão para salvar vidas e no meu caso, o meu irmão também. Tudo isso não passava de um jogo para conseguir Erik de volta, eu sinceramente duvidava que ela realmente se importava com alguém além dela mesma.

— Isso é até uma boa ideia, Alex. Ainda assim, seria bom que um de vocês entendesse de tecnologia para identificar câmeras ou quaisquer coisas que possam nos ajudar a destruir o lugar de dentro para fora. — Nathaly respondeu parecendo cansada demais para discutir.

— Erik poderia passar seus conhecimentos para Roger, ele entende bem de tecnologia e seria mais fácil do que ensinar programação. — Caçoei e Erik apertou a parte interna da minha coxa, eu precisava parar de deixar minha boca abrir sozinha dessa maneira. — Desculpe.

— Esqueça, Lene. As únicas mulheres que eu bato na minha vida, são avatares de jogos e ainda sinto que poderei ser preso um dia, então estou pulando essa missão.

— Me poupe, esse magricela não aguentaria dois minutos dentro daquele lugar — Alex revirou os olhos e os concentrou em Erik. — Você poderia levar algum vírus num pendrive, deixar nos computadores deles enquanto finge fazer parte do evento.

Respirei fundo, mas a dor expandia quando entendia meu peito para receber a grande quantidade de ar. Me fazia querer gemer e implorar para Erik me arrastar para o quarto, mesmo que eu sequer soubesse realmente o que viria a seguir.

— Isso é arriscado, podem encontrar o dispositivo e se forem espertos, acabarão com festa prendendo todos lá dentro — finalmente respondi a ela, esperando que ao menos soubesse ouvir.

Ela bufou recostando novamente.

— Não sabemos o que vamos realmente encontrar lá dentro, Alex. Precisa parar de dar palpites assim, dessa forma até parece que nunca passou por treinamento algum.

ERRO 404 - Um Jogo PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora