Capítulo 12

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Nesse momento, o bar estava cheio e a música soava alto. Risadas e cheiro de bebida ruim flutuavam até mim, estava com tanta raiva que não estava nem aí para quem fosse o desgraçado que entraria em mim.

Eu só queria que essa droga acabasse.

Passei por entre um grupo de bêbados que riam e fui puxada para perto de um dele, ele sorriu doce para mim e talvez fosse exatamente o que eu estava procurando.

— Está procurando por alguma coisa, linda? Sabe, eu tenho uma puta queda por mulheres de óculos.

Eu sorri, não estava bêbada para cair nessa cantada ruim, mas estava com ódio o suficiente para aceitá-la de bom grado. Mas ele era bonito e de alguma forma não seria um grande problema ficar nua na frente dele, de manhã ele sequer lembraria do que aconteceu mesmo.

— Talvez eu tenha achado.

Os outros riram e ele me puxou um pouco mais para perto.

— Quer sair daqui comigo? — Apenas acenei, tiraria essa droga de barreira de dentro de mim nem que fosse em pé na droga de uma rua escura.

Eu não ligava para romantismo, só queria parar de me sentir assim, rejeitada e sem opção.

Não sabia o nome do cara e nem ele o meu, pouco me importava onde iriamos e se seria bom. O segui sendo puxada com delicadeza por entre o mar de pessoas, ao menos não sentia mais que precisava implorar.

— Solte a mão dela. — Consegui ver apenas os olhos afiados presos na minha direção.

Não acabaria bem e estava pouco me fodendo para isso, mas ele parecia furioso e de alguma maneira eu sabia que não sairia dali junto com esse cara.

— Ei, cara, não tenho culpa que ela quis sair comigo e não com você, agora saia da nossa frente.

Erik estava parado na porta, impedindo a nossa passagem, completamente irado, da mesma maneira que ficou quando descobriu que teria que me levar junto nessa missão, e não foi difícil, principalmente por ele ser grande como um armário.

— Selene, pare com isso. Já mostrou o que pode fazer, agora vamos embora.

— Espera, você está com ele?

Neguei erguendo o queixo.

— Eu nunca o vi em toda a minha vida e mesmo que o conhecesse, não é da conta dele o que eu faço ou deixo de fazer. Agora saia da frente, quero tirar a minha roupa antes que amanheça.

O cara que segurava minha mão sorriu e covinhas surgiram em suas bochechas, Erik ergueu as sobrancelhas e engoliu seco. Uma sombra passou pelo olhar azul e pode ver o rosto branco com a barba baixa por fazer ficar extremamente vermelho.

— Ouviu a garota, saia da frente, eu tenho algumas peças de roupas para tirar.

Tentamos passar novamente, mas Erik continuou travando a passagem ignorando as pessoas que queriam entrar. Dessa vez, fui eu quem tentou passagem empurrando a montanha que se recusava a sair da minha frente.

— Foda-se, vamos para o banheiro. — Puxei a mão dele e o ouvi rir me acompanhando sem protestar.

Mas fui impedida assim que contornamos o bar, Erik jogou o cara no chão e prendeu os dedos no colarinho da minha camisa se aproximando de mim até colar o corpo no meu, me fazendo esquecer de respirar.

— Inferno, Selene. — Ele grunhiu com o rosto quase colado ao meu, ignorando a cena que estávamos causando. — Já que você quer tanto que eu foda você, farei isso, mas nunca mais ouse se oferecer para outro cara. Ou alguém sairá machucado.

ERRO 404 - Um Jogo PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora