Meus ouvidos pareciam prestes a estourar com a música alta vindo da festa enquanto sigo para casa em passos cautelosos. Depois de deixar Arya em casa decidi seguir o trajeto até o sanatório a pé, foda-se que eram cinco horas da madrugada, eu não tinha porquê ter medo.
Um arrepio percorre o meu corpo mostrando-me que sim eu devo ter medo e a sensação de estar sendo observada praticamente grita para mim que acelere os passos e quanto mais o faço pior me sinto, o vento sopra contra o meu corpo e me arrependo de não ter trago um casaco.
Porra! Nem tive tempo de conversar com ninguém depois de Arya me contar toda aquela história.
Abro os portões e até o ranger deles se abrindo faz meu coração disparar.
Droga! Isso parece um início de um filme de terror, fixo meus olhos na estátua de um anjo e respiro fundo passando por ela, mas antes me certifico de trancar o portão de volta.
Antes de abrir a porta viro-me para trás, somente para ter certeza de que não tinha ninguém me seguindo era apenas a minha imaginação fodida.
Entro em casa e para minha surpresa meu pai está sentado na sua velha poltrona me encarando como se eu fosse uma criminosa.
__ oi pai bom dia. __ cumprimento e passo por ele, mas sinto seus olhos queimando as minhas costas.
__ Emma, você disse que voltaria cedo... isso é cedo? __ questiona e suspiro.
__ desculpa pai, tive que levar a Arya em casa. __ informo tornando a subir.
__ eu não te quero mais andando com essa garota. __ diz e sorrio sem ânimo.
__ os anos que você decidia quem podia ser meu amigo ou não, já passaram pai.
__ está me desafiando garota? __ pergunta e respiro fundo.
__ não pai, só quero que respeite as minhas decisões, assim como eu respeito as suas.
__ filha, eu sei o que é melhor para você, principalmente nesta cidade.
__ preciso dormir tá bom? Por favor pai... não limite a única amiga que tenho nesse lugar e não me diga que posso ir embora o senhor não sabe o que eu passava com a minha mãe. __ pontuo e não espero por resposta e subo para o meu quarto fechando a porta sem dar atenção aos gritos dele me pedindo para voltar.
Tiro os sapatos e me jogo na cama olhando para o teto e sentindo minhas pálpebras pesarem até por fim fechar os olhos e dormir.
(...)
Uma batida forte na porta me faz abrir os olhos assustada.
__ pai? __ chamo, mas não tenho resposta. __ pai, é o senhor?
Silêncio e outra batida seguida de um grito no fundo.
Respiro fundo me levantando sem calçar qualquer sandália e encosto o ouvido na porta.
Passos vindo da escada e mais gritos, gritos demais, outra batida na madeira me faz afastar com o peito subindo e descendo, colocando a mão sobre ele e tento me acalmar.
Mais batidas seguidas de gritos e então tomo atitude idiota que só se vê em filmes de terror, mas essa merda não é filme, infelizmente.
Abro a porta e não tem ninguém, nem na escada tão pouco ao lado da minha porta.
Sigo em direção aos gritos e eles vem da porta do sanatório.
Respiro fundo e coloco a mão na maçaneta e para a minha surpresa estava aberta, meu pai nunca a deixou assim.
Será que ele esqueceu?
Começo a andar pelos corredores e me sinto um pouco claustrofóbica o lugar apertado e com pouca iluminação me deixa com falta de ar e a cada passo que dou os gritos aumentam.
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Sin Whit Me
عاطفية" monstros andam nas sombras e nelas que devem permanecer " é o que o senhor George Maveric gostava de dizer para a sua filha Emma. o Presidente do Sanatório de Revil City, uma cidade localizada no interior do Arizona preferia manter a filha longe d...