Capítulo 9: A Marca Invisível

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Ao acordar, Jimin correu até o espelho, o coração acelerado. O que ele viu o deixou paralisado: uma marca do demônio gravada em sua barriga, visível apenas para ele. A sensação de desespero o envolveu, e ele não pôde ignorar a urgência de buscar respostas. Sem pensar duas vezes, saiu de casa e foi correndo até a igreja.

Ao chegar, empurrou a porta com força, e o cheiro do incenso e o silêncio reconfortante o envolveram. O padre estava lá, de joelhos em oração, e ao ouvir a porta se abrindo, virou-se, preocupado.

— Jimin, meu filho, o que aconteceu? — perguntou o padre, levantando-se e se aproximando.

— Padre, eu... eu tive um sonho. Um sonho terrível — disse Jimin, sua voz trêmula. — Eu vi um demônio. Ele... ele fez um pacto comigo.

O padre franziu a testa, seu olhar sério. — Um pacto? Fale-me mais sobre isso.

Jimin explicou tudo, desde a presença sedutora de Jungkook até a marca que agora habitava seu corpo. Hesitou ao mencionar as emoções que o demônio queria que ele compartilhasse, com medo de ser julgado.

— Você precisa entender, Jimin. Os sonhos podem ser poderosos, e algumas experiências podem refletir o que sentimos internamente — disse o padre, observando atentamente o jovem. — Mas não podemos deixar que o medo controle nossas vidas.

— Mas a marca... ela é real. Eu a vi! — Jimin respondeu, sua voz aumentando de desespero.

Com um tremor nas mãos, Jimin levantou a blusa, revelando sua barriga. Ele esperava que o padre pudesse ver a marca do demônio, mas, ao olhar para ele, viu apenas a pele normal, sem nenhuma cicatriz ou sinal visível.

— Eu... eu não consigo explicar. Está aqui, eu sinto! — Jimin exclamou, a frustração aumentando. — A marca é real! Eu vi no meu reflexo.

O padre, confuso, inclinou-se para frente, examinando a área. — Jimin, não há nada aqui. Isso pode ser um sinal de sua mente lidando com o estresse e o medo. Às vezes, o que sentimos internamente se manifesta de formas estranhas.

Jimin se afastou, a decepção cortando seu coração. Ele sabia que a marca existia, mas ninguém mais poderia vê-la. — Mas eu sinto, padre. É como uma sombra que me persegue.

O padre observou a angústia de Jimin e, em um tom gentil, disse: — Eu entendo que isso pode ser confuso, mas não podemos deixar que essas visões nos tornem loucos. Você precisa encontrar força dentro de si.

— Então, sou considerado louco? — Jimin murmurou, a dor em seu peito se intensificando.

— Não, Jimin. Todos nós enfrentamos batalhas que outros não veem. Você deve confiar em sua fé — disse o padre, colocando uma mão reconfortante no ombro do jovem. — E lembre-se, mesmo que não possa ver, Deus está sempre ao seu lado.

Jimin assentiu, mas a sensação da marca persistia, um lembrete constante do pacto que o ligava a Jungkook. Ele sentiu uma onda de determinação crescer dentro de si. Se a marca era invisível para os outros, então ele teria que encontrá-la dentro de si mesmo e confrontar o que ela significava.

A tentação do demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora