VINÍCIUS JUNIOR

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Ana Paula, uma jornalista esportiva respeitada, sempre foi reconhecida por seu foco e profissionalismo. Acostumada a transitar no mundo do futebol com a objetividade necessária, ela nunca imaginou que sua vida pudesse ser transformada ao cobrir os jogos do Real Madrid.

Em uma dessas coberturas, uma simples entrevista com Vinícius Júnior, um dos maiores astros do futebol, desencadeia algo inesperado. Entre conversas casuais e olhares que falavam mais do que palavras, um romance começa a se desenhar, mesmo com a distância dos mundos que ambos habitam.

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Ana Paula estava revisando suas anotações no fim de mais uma cobertura de jogo quando seu celular vibrou. Uma mensagem inesperada apareceu na tela:

Vini Jr.: "Tá ocupada agora?"

Ela franziu o cenho, surpresa pela mensagem repentina. Eles já tinham se encontrado algumas vezes fora do ambiente de trabalho, mas raramente Vini mandava uma mensagem assim do nada.

Ana Paula: "Só terminando algumas coisas aqui. Por quê?"

Vini Jr.: "Tá com fome? Tô pensando em comer algo e seria bem melhor com companhia."

Ela sorriu. Desde que começaram a se aproximar, havia uma leveza na forma como Vini falava com ela. Era como se ele sempre soubesse quebrar o gelo, transformar o momento mais tenso em algo agradável.

Ana Paula: "Pode ser. Onde você está pensando em ir?"

Vini Jr.: "Surpresa. Mas é um lugar tranquilo, prometo. Te pego em 20?"

Ana hesitou por um instante, olhando para os papéis à sua frente. Deveria ficar e terminar? Claro que não. Pegou suas coisas rapidamente, mal acreditando que estava se permitindo ser tão impulsiva.

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Vini chegou pontualmente. Quando ela entrou no carro, ele sorriu de orelha a orelha, como sempre.

- Oi! - ele disse, com aquela energia contagiante.

- Oi - ela respondeu, tentando parecer casual, mas sentindo seu coração bater mais rápido do que o normal.

- Tá parecendo mais tranquila hoje. Conseguiu relaxar um pouco? - ele perguntou enquanto dirigia.

- Um pouco, sim. O jogo foi intenso, mas acho que me acostumei com o ritmo - ela comentou, olhando pela janela, tentando disfarçar o nervosismo crescente.

- Você é incrível no que faz, sabia? Todo mundo no vestiário comenta. "Aquela jornalista brasileira sabe o que está fazendo" - ele disse, rindo.

- Isso é verdade ou você tá só tentando me impressionar? - Ana Paula retrucou, sorrindo de canto.

- Não preciso tentar te impressionar. Isso já acontece naturalmente - ele respondeu, sem tirar os olhos da estrada, mas com um sorriso malicioso.

Ela não pôde evitar o riso. Vini tinha uma maneira de flertar que era ao mesmo tempo divertida e desarmante.

- E você acha que essa sua confiança toda funciona? - ela provocou.

Ele lançou um olhar rápido para ela, ainda com o mesmo sorriso.

- Bom, você tá aqui, não tá?

Ana Paula ficou em silêncio por um momento, se perguntando como eles tinham chegado a esse ponto. Ela sempre o via como o jogador estrela do Real Madrid, alguém tão fora do seu alcance. Mas ali, no carro, ele parecia tão normal, tão próximo, tão real.

Chegaram a um pequeno restaurante, longe das luzes da cidade e do burburinho dos torcedores. O lugar era aconchegante, discreto. Parecia perfeito para um encontro que ninguém precisava saber que estava acontecendo.

Eles se sentaram em uma mesa no canto, longe dos olhares curiosos. A conversa fluía naturalmente, como sempre acontecia quando estavam juntos.

- Sabe o que é engraçado? - Vini disse depois de um tempo, enquanto olhava para ela com uma expressão mais séria.

- O quê?

- Desde a primeira vez que a gente se encontrou, naquela entrevista... eu fiquei com a sensação de que te conhecia de algum lugar. Como se já tivesse te visto antes, mesmo sem nunca ter falado contigo.

Ana Paula riu, surpresa.

- Sério? Eu com certeza lembraria de você. Jogadores de futebol não são muito difíceis de esquecer, né?

- Talvez seja isso, mas não é só isso. Tem algo em você que me faz querer estar por perto. Como se... - ele fez uma pausa, tentando encontrar as palavras. - Como se eu não quisesse deixar passar a oportunidade de te conhecer melhor.

Ela sentiu o coração acelerar de novo, dessa vez mais forte.

- Vini, a gente vive em mundos tão diferentes... - ela começou, mas ele a interrompeu, inclinando-se um pouco mais para frente.

- Eu sei disso. Mas e daí? Nossos mundos só são diferentes se a gente deixar. Eu quero estar no seu mundo, Ana. E, sinceramente, acho que você quer estar no meu também.

Ela ficou em silêncio, absorvendo aquelas palavras. Havia verdade no que ele dizia, uma sinceridade que a pegou de surpresa. O jeito que ele falava, sem rodeios, fazia com que seus sentimentos não pudessem mais ser ignorados.

- Talvez você esteja certo... - ela disse baixinho, com um sorriso leve. - Mas isso não torna as coisas mais fáceis.

Ele pegou sua mão sobre a mesa, e o toque era suave, quente.

- Quem disse que o que vale a pena é fácil? - ele perguntou, com um sorriso tranquilo. - Eu tô aqui, tentando. Se você quiser, a gente pode descobrir juntos. Mas eu não vou te pressionar. Quero que seja algo que você também sinta.

Ana Paula olhou para as mãos deles unidas, sentindo uma onda de calor tomar conta de si. Ela sabia que estava arriscando muito, mas, ao mesmo tempo, sabia que não podia mais fugir do que sentia.

- Eu sinto, Vini. Eu também quero isso. Só tenho medo de... - ela fez uma pausa, procurando as palavras. - Medo de como tudo vai ser visto, de como vão reagir. A gente vive em um mundo onde tudo vira notícia.

Ele sorriu de forma compreensiva.

- Eu sei. Mas a gente não vive pros outros, vive pra gente, né? Deixa falarem o que quiserem. Se a gente estiver juntos, acho que nada vai importar tanto quanto isso.

Ela respirou fundo, sentindo o peso de suas palavras. Estava diante de uma escolha. E, pela primeira vez, estava disposta a deixar de lado seus medos, seu orgulho e, finalmente, seguir o que seu coração tanto pedia.

- Tá certo - ela disse, apertando a mão dele de volta. - Vamos descobrir juntos.

Vini sorriu, aquele sorriso que fazia seu coração derreter toda vez.

- Acho que já sei por que escolhi você - ele disse.

- E por quê?

- Porque, com você, tudo parece mais fácil, mesmo quando não é.

Ana Paula riu suavemente, e naquele momento, ela sabia que algo especial estava começando.

Quando a noite terminou, Vini a acompanhou até a porta de sua casa. A despedida foi um tanto hesitante, como se ambos quisessem prolongar aquele momento o máximo possível.

- Eu realmente gostei dessa noite, Ana. Acho que a gente deveria fazer isso mais vezes - ele disse, com uma sinceridade que fez o coração dela derreter.

- Eu também, Vini. Foi... diferente, especial - ela respondeu, olhando nos olhos dele, sentindo que estava à beira de algo que poderia mudar tudo.

Antes que pudessem se despedir, Vini se inclinou suavemente e, com cuidado, beijou seus lábios. Foi um beijo suave, quase tímido, mas que carregava consigo uma promessa de algo mais, algo que estava apenas começando.

Fim.

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Beijinhos 😘.

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