KARIM BENZEMA

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Helena estava nervosa. As luzes do estádio ainda brilhavam intensamente, refletindo nos rostos eufóricos dos torcedores. O som dos aplausos ecoava pelo gramado, misturando-se com o barulho de passos apressados enquanto os jogadores se retiravam para os vestiários. Ela, no entanto, permanecia parada, incapaz de se mover, com os olhos fixos em uma única pessoa.

Karim. Ele estava mais uma vez no centro da atenção, o herói da noite. Seu nome era gritado em uníssono pela multidão, e mesmo exausto, com o suor escorrendo pelo rosto, ele mantinha aquela aura calma e confiante. O brilho das luzes refletia em sua pele, destacando os traços marcantes de seu rosto e a determinação em seus olhos. Ele parecia inalcançável, distante, uma figura quase mítica. Mas naquela noite, algo havia mudado.

Helena se aproximou devagar, o coração batendo forte no peito, os nervos à flor da pele. Ela hesitou por um momento ao vê-lo caminhar em direção à saída, cercado por alguns colegas de equipe. Mas então, como se ele sentisse sua presença, Karim virou a cabeça e a encontrou. Seus olhares se cruzaram, e por um segundo, tudo ao redor pareceu parar. O barulho, as luzes, as pessoas... nada mais importava.

Ele sorriu de leve, aquele sorriso de canto que sempre a desarmava. Seus olhos escuros brilhavam com uma mistura de surpresa e algo mais, algo que Helena não conseguia decifrar. Ele se afastou do grupo, caminhando em sua direção, cada passo fazendo o coração dela acelerar ainda mais.

- Helena... - ele disse suavemente, a voz rouca pelo esforço do jogo. - O que faz aqui tão tarde?

A voz dele tinha uma cadência que fazia o estômago dela revirar de ansiedade e desejo. Helena engoliu em seco, tentando controlar a respiração. Ela tinha se prometido que não faria isso, que não cruzaria essa linha. Mas agora, tão perto dele, a promessa parecia insignificante.

- Eu... - Ela pigarreou, tentando soar confiante. - Eu só queria te parabenizar. Você jogou de maneira incrível, Karim.

Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso contido nos lábios. - Obrigado respondeu, com os olhos fixos nos dela, intensos. Mas sei que você não veio até aqui só para me parabenizar.

Ela sentiu o rosto esquentar, o rubor subindo em suas bochechas. Ele sempre conseguia ver através dela, como se pudesse ler seus pensamentos mais secretos. Era desconcertante, mas ao mesmo tempo... excitante.

- Eu... começou novamente, mas as palavras se perderam quando Karim deu um passo à frente. Agora, eles estavam tão próximos que ela podia sentir o calor que emanava do corpo dele. O cheiro de suor e de grama molhada ainda estava presente, mas havia algo a mais. Aquele perfume amadeirado, masculino, que a fazia perder o fôlego toda vez que o sentia.

Ele levantou a mão e tocou o rosto de Helena com delicadeza, seu polegar roçando a pele macia de sua bochecha. Ela estremeceu sob o toque, seu corpo respondendo à eletricidade que parecia pulsar entre eles.

- Faz tempo que espero por isso - Karim murmurou, a voz baixa, carregada de desejo.

Antes que ela pudesse responder, os lábios dele encontraram os dela. O toque foi inicialmente suave, quase hesitante, como se ele estivesse esperando por uma reação. Mas quando Helena cedeu, entregando-se ao beijo, ele aprofundou o contato. O beijo se tornou urgente, intenso, como se toda a paixão reprimida finalmente tivesse encontrado uma saída.

Os braços de Karim envolveram sua cintura, puxando-a para mais perto. Helena sentiu seu corpo colidir contra o dele, cada linha musculosa sob a camisa molhada de suor pressionando-a de forma possessiva. Ela suspirou contra os lábios dele, sentindo o calor invadir todo o seu ser, enquanto suas mãos subiam pelo peito dele, agarrando a camiseta como se temesse que ele fosse escapar.

O beijo era uma mistura de doçura e fome. Os lábios de Karim eram quentes e firmes contra os dela, e a língua dele explorava a sua boca com uma habilidade que a fazia perder o fôlego. Ela sentiu-se derreter, os pensamentos desaparecendo um a um, substituídos apenas pela sensação do corpo dele junto ao seu, pelos sons abafados de suas respirações entrecortadas.

A mão de Karim deslizou e apertou a bunda de Helena, acariciando com vontade, enquanto a outra permanecia em seu rosto, segurando-a como se ela fosse algo precioso. O toque dele era ao mesmo tempo com desejo e firme, como se quisesse garantir que ela soubesse exatamente o quanto ele a desejava.

Quando finalmente se separaram, ofegantes, os olhos de Helena encontraram os de Karim. Os dois estavam com as respirações aceleradas, os rostos corados. Um sorriso apareceu nos lábios dele, e Helena sentiu o coração apertar no peito.

- Eu sabia que tinha algo entre nós - ele disse, a voz agora mais suave, mas ainda carregada de desejo. Seus dedos acariciaram os lábios de Helena, como se ele quisesse gravar o toque ali para sempre.

Helena ainda tentava recuperar o fôlego, mas sorriu de volta, seus olhos brilhando de emoção. Eu também sabia, Karim. Só não tive coragem até agora.

Ele inclinou a cabeça, olhando-a com carinho. - Bom, acho que podemos compensar o tempo perdido agora.

Ela riu, sentindo-se leve e ao mesmo tempo tomada por uma sensação intensa, quase avassaladora. Ali, sob o brilho das luzes do estádio, no fim de uma noite que ela nunca esqueceria, soube que estava exatamente onde deveria estar: nos braços dele.

Fim.

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Beijinhos 😘.

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