DUDU

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Dudu estava exausto após mais um dia de treino pesado no Palmeiras, mas aquela noite seria diferente. Havia um evento beneficente no clube, algo que ele adorava fazer, mas que também o expunha aos holofotes fora de campo. Colocou sua melhor roupa casual, já preparado para os flashes das câmeras, e se dirigiu ao local do evento.

Ao chegar, a primeira coisa que chamou sua atenção não foram os fotógrafos ou os torcedores, mas uma jovem com um sorriso radiante que organizava o evento. Ela parecia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, coordenando a entrada de convidados e checando os últimos detalhes. Curioso, Dudu se aproximou para saber quem era.

— Você deve ser o Dudu, certo? — perguntou ela com um sorriso gentil.

— Depende... se for pra tirar mais fotos, posso não ser! — respondeu ele brincando, o que fez Natália rir.

— Sou Natália. Cuido de uma ONG que trabalha com crianças carentes através do esporte. Esse evento é parte do nosso trabalho.

Dudu sentiu uma admiração imediata. Ele sempre valorizou as raízes humildes de onde veio e sabia o quanto iniciativas como a de Natália poderiam transformar vidas. Conforme a noite foi passando, ele ficou cada vez mais fascinado por ela — não apenas por sua beleza natural, mas pela paixão que demonstrava pelo que fazia.

— Você é sempre assim, incansável? — perguntou ele em um momento de pausa.

— Não dá pra ser diferente quando você ama o que faz. E você? Além do futebol, o que ama fazer? — ela devolveu, levantando as sobrancelhas.

Dudu hesitou, encarando-a por um momento. Era raro alguém perguntar sobre seus gostos e vida fora do futebol. A maioria das pessoas se interessava apenas por suas conquistas em campo.

— Não sei. Nunca parei pra pensar nisso, pra ser sincero — confessou ele, meio sem jeito. — Acho que nunca tive tempo.

— Talvez você precise encontrar algo fora dos campos — disse Natália, lançando um olhar direto que pareceu atravessar as defesas que Dudu havia construído ao longo dos anos.

A química entre eles era palpável. E, embora as conversas fluíssem naturalmente, havia uma tensão no ar que ambos pareciam tentar ignorar.

Após o evento, já tarde da noite, Natália convidou Dudu para conhecer o espaço da ONG. Ele aceitou prontamente. Quando chegaram lá, o ambiente tranquilo e o silêncio da noite criaram uma atmosfera íntima. Natália mostrou os quadros e fotos de crianças que haviam passado pela ONG, e Dudu ficou tocado. Enquanto ela falava, ele se pegava olhando para seus olhos brilhantes, para a forma como seus lábios se moviam, como gesticulava apaixonadamente.

— Você faz algo realmente incrível aqui, Natália — disse ele, se aproximando mais do que o necessário.

Ela olhou para ele, e naquele instante, ambos sabiam que havia algo muito maior acontecendo.

— Acho que você também faz coisas incríveis, Dudu. Não só dentro do campo — respondeu ela suavemente, seu olhar fixo no dele.

O silêncio que se seguiu foi carregado de expectativa. Dudu, sem pensar muito, levou a mão ao rosto de Natália, acariciando sua bochecha com delicadeza. Ela fechou os olhos por um segundo, sentindo o toque quente, e quando os abriu, viu que ele também se aproximava devagar, como quem pedia permissão sem dizer nada.

Os lábios deles se encontraram em um beijo suave, mas cheio de intensidade. Era como se toda a tensão da noite tivesse finalmente encontrado seu escape. As mãos de Dudu, antes cuidadosas, agora exploravam a cintura de Natália, enquanto ela deslizava os dedos pelos cabelos dele.

O beijo, que começou tímido, logo se tornou mais intenso, e Dudu, sem perceber, pressionou Natália contra a parede do corredor da ONG. Ele sentia o corpo dela arrepiar sob suas mãos enquanto seus toques se tornavam mais ousados. Natália deixou escapar um leve suspiro quando as mãos de Dudu desceram pelas curvas de seu corpo, sentindo sua pele quente por baixo da roupa.

Natália, por sua vez, não estava apenas passiva. Suas mãos exploravam o corpo de Dudu, deslizando pelos ombros fortes, pelo peito firme que tantas vezes ele usava para enfrentar os adversários em campo. Ela sentia a força contida em cada movimento, mas também a delicadeza com que ele a tocava, como se soubesse exatamente até onde podia ir.

Eles pararam apenas por um momento, as respirações ofegantes, encarando-se com uma mistura de desejo e surpresa pelo que acabara de acontecer.

— Isso... isso foi inesperado — disse Natália, tentando recuperar o fôlego.

Dudu sorriu, ainda com o rosto próximo ao dela, os lábios quase se tocando novamente.

— Nem tanto... — respondeu ele, aproximando-se para mais um beijo, dessa vez mais longo e mais profundo.

Entre risos e toques, os dois deixaram de lado qualquer hesitação. A noite, que havia começado com formalidades e conversas sobre trabalho, agora estava repleta de calor, desejo e uma conexão que nenhum dos dois esperava encontrar. As mãos de Dudu já não se contentavam com toques sutis, enquanto Natália o puxava mais para perto, seus corpos se fundindo em uma dança sem ritmo, apenas guiada pelo instinto.

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