LEO PEREIRA

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Leo Pereira, zagueiro do Flamengo, sentia o vento salgado da praia invadir sua alma sempre que treinava na Gávea. Aquela rotina intensa de treinos muitas vezes exigia dele não só esforço físico, mas também mental. Por isso, a praia de Ipanema, sempre ao alcance depois dos treinos, era seu refúgio. Ali, ele conseguia relaxar, desconectar e encontrar um pouco de paz.

Durante o treino daquele dia, a conversa entre os amigos fluía leve entre uma sessão de sprints e outra.

— E aí, Léo, vai fazer o quê depois daqui? — perguntou Pedro, secando o suor da testa com a camisa.

— Ah, acho que vou dar um pulo na praia. Dar uma corrida leve, sentir a brisa — Leo respondeu, respirando fundo.

— Sempre na praia, cara — disse Gabigol, rindo. — Quem sabe hoje não rola uma musa por lá?

Leo apenas balançou a cabeça, rindo. Não estava em busca de nada, apenas de tranquilidade. Mas, como o destino costuma pregar peças, ele mal sabia que aquele fim de tarde guardava uma surpresa.

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O sol já começava a se pôr quando Leo chegou à praia. O movimento típico do fim do dia dava um ar relaxante àquele cenário. Ele começou a correr pela areia, sentindo a tensão nos músculos se dissipar aos poucos.

Foi então que, numa pausa para beber água, ele a viu. Tatiane. Ela estava de pé, próxima ao mar, deixando as ondas tocarem seus pés. Seus longos cabelos castanhos balançavam com o vento, e algo nela capturou sua atenção. Talvez fosse o jeito sereno com que ela encarava o horizonte.

— Parece que o mar tem um poder de hipnotizar, né? — disse ele, aproximando-se com um sorriso no rosto.

Ela se virou, um pouco surpresa, mas sorriu de volta.

— Com certeza. É como se a gente pudesse esquecer do resto do mundo por alguns minutos.

— Eu sou Leo, prazer — ele disse, estendendo a mão.

— Tatiane — ela respondeu, apertando suavemente sua mão.

Eles conversaram por um tempo, o papo fluindo fácil. Ela era professora de educação física, e tinham muitas coisas em comum, inclusive o amor por esportes. Quando o sol já estava quase sumindo no horizonte, Leo ofereceu carona.

— Você mora por aqui? Posso te levar pra casa, se quiser — sugeriu ele, gentilmente.

Ela hesitou por um segundo, mas sorriu.

— Seria ótimo, obrigada.

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O caminho até a casa de Tatiane foi marcado por risadas e histórias trocadas sobre o trabalho e a vida. Quando chegaram ao prédio dela, ela o convidou para entrar.

— Tá a fim de um jantar? — perguntou, um pouco tímida. — Não é nada sofisticado, mas acho que tenho algo na geladeira.

Leo aceitou, surpreso com a tranquilidade da noite. Ele não esperava nada além de uma boa companhia e uma conversa agradável, e estava confortável com isso.

Dentro do apartamento, eles prepararam um jantar simples juntos, a cozinha pequena preenchida por risadas e uma química sutil que começava a se formar. Depois de comerem, se sentaram no sofá para assistir a um filme.

Conforme o filme avançava, Leo e Tatiane foram ficando cada vez mais próximos. As mãos deles se tocaram algumas vezes, a princípio de maneira despretensiosa, mas logo os toques ficaram mais intencionais. O calor da proximidade e o silêncio confortável criaram um ambiente propício para algo mais.

Em determinado momento, Leo virou-se para ela, e seus olhares se encontraram. Não foi preciso dizer nada. As mãos dele deslizaram delicadamente pelo braço dela, e, num impulso suave, os dois se aproximaram e trocaram o primeiro beijo, cheio de desejo contido e ao mesmo tempo repleto de suavidade.

A noite avançou, e o filme virou apenas um pano de fundo para os sorrisos, os toques e os beijos que dominavam a sala.

Fim

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