ARRASCAETA

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Era uma manhã ensolarada no Rio de Janeiro, e a cidade pulsava com energia. O Flamengo estava se preparando para mais um dia de treinamento no Ninho do Urubu, e na sala de fisioterapia, Vanessa, uma jovem fisioterapeuta recém-chegada ao clube, estava organizando seus materiais.

Ela era dedicada, inteligente e tinha um sorriso que iluminava qualquer ambiente. Os jogadores frequentemente a chamavam de "a fada do Ninho", devido ao seu jeito carinhoso e acolhedor com todos. Vanessa estava animada com a oportunidade de trabalhar no Flamengo, e mal podia esperar para conhecer os jogadores.

Durante o aquecimento, Arrascaeta, o craque uruguaio da equipe, se destacou imediatamente. Seu talento era inegável, e sua habilidade com a bola fazia os outros jogadores parecerem novatos. Mas havia algo mais em Arrascaeta que chamava a atenção de Vanessa. Ele tinha um jeito tranquilo e carismático que a deixava intrigada.

No primeiro dia de trabalho, enquanto ela estava prestando atenção nos atletas após o treino, Arrascaeta se aproximou, sorrindo.

— Olá! Você é a nova fisioterapeuta, certo? — perguntou ele, com um sotaque encantador.

— Sim, sou eu! Vanessa — respondeu, sentindo as bochechas esquentarem.

— Prazer em te conhecer, Vanessa. Se precisar de ajuda para se adaptar aqui, pode contar comigo — disse Arrascaeta, piscando.

A partir desse momento, eles começaram a se encontrar frequentemente. Durante as sessões de fisioterapia, Vanessa sempre cuidava de Arrascaeta com um toque especial, sabendo que sua recuperação era fundamental para o time. O uruguaio, por sua vez, a fazia rir com suas piadas e histórias de futebol, e logo a conexão entre eles cresceu.

Uma tarde, enquanto estavam sozinhos no centro de fisioterapia, Arrascaeta perguntou:

— Vanessa, o que você gosta de fazer além de trabalhar aqui?

Ela hesitou, olhando para ele com um sorriso tímido.

— Eu gosto de música, especialmente samba. É uma das razões pelas quais eu me mudei para o Rio. E você? O que faz quando não está em campo?

— Sou fã de música também. Adoro tocar violão e compor algumas músicas. Podemos fazer uma jam session um dia — ele sugeriu, com um brilho nos olhos.

— Eu adoraria! — Vanessa respondeu, animada.

O tempo passou e, enquanto o Flamengo avançava em um torneio importante, a amizade entre Arrascaeta e Vanessa se fortaleceu. Eles começaram a sair após os treinos, sempre em lugares novos e emocionantes. Vanessa adorava o jeito que Arrascaeta a fazia sentir: livre e feliz.

Em uma noite especial, eles foram a um bar de samba. A música vibrava ao redor, e as luzes criavam uma atmosfera mágica. Vanessa se sentiu atraída por Arrascaeta de uma forma que nunca havia sentido antes. Ele, por outro lado, parecia cada vez mais encantado com ela.

— Olha, eu nunca te perguntei... você tem alguém especial na sua vida? — Arrascaeta perguntou, enquanto tomavam um drinque.

Vanessa sorriu, um pouco nervosa. — Não, não tenho. Estou tão focada no trabalho que não pensei muito nisso.

Arrascaeta a olhou nos olhos, um sorriso sério no rosto. — Eu também não tenho. Acho que é difícil encontrar alguém que entenda essa vida.

Eles continuaram conversando, e a química entre eles era palpável. Naquela noite, após várias horas dançando e rindo, Arrascaeta decidiu que era hora de ser honesto.

— Vanessa, eu... gosto de você. Mais do que só uma amizade — disse ele, a voz um pouco hesitante, mas firme.

O coração de Vanessa acelerou. — Eu também gosto de você, Arrascaeta. Sempre gostei.

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