MEMPHIS DEPAY

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Memphis Depay estava no fim de mais um treino puxado no Corinthians. O sol começava a se pôr, tingindo o céu com tons alaranjados, enquanto os jogadores se reuniam para uma conversa descontraída antes de irem para os vestiários. Era uma semana importante para o time, mas, com a proximidade do fim de semana, alguns dos jogadores já planejavam um momento de relaxamento. Yuri Alberto, seu companheiro de equipe, puxou a conversa:

— Que tal uma festa hoje à noite, Memphis? Acho que merecemos depois de tanto suor.

Memphis sorriu, sentindo o cansaço nos músculos, mas o desejo de se divertir falou mais alto.

— Sabe que não sou de recusar uma boa festa — respondeu Memphis, secando o suor do rosto com a toalha.

Com a decisão tomada, o grupo se dispersou para os vestiários. Memphis se sentia bem, os treinos estavam fluindo, e ele estava gostando da vida em São Paulo. A ideia de uma festa parecia o toque final perfeito para uma noite tranquila.

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Horas mais tarde, Memphis e seus amigos chegaram a uma festa já em plena animação. A música eletrônica pulsava nas paredes e os corpos se moviam ao ritmo frenético das luzes. Memphis estava à vontade, trocando piadas com os colegas enquanto pegava uma bebida. Ele curtiu o ambiente, rindo alto com as brincadeiras e, de vez em quando, fazendo alguns passos de dança.

Foi então que ele a viu.

No bar, uma mulher, de vestido preto, cabelos soltos e olhos cintilantes, chamava a atenção de todos ao redor. Mas foi Memphis que, por um breve momento, prendeu seu olhar. Ele se aproximou com confiança.

— Você é como essas luzes — disse ele, num tom charmoso. — A festa fica melhor quando você está por perto.

Ela sorriu, surpresa e divertindo-se com o comentário ousado.

— E quem te disse isso? — Flávia respondeu, levantando uma sobrancelha.

Memphis não se intimidou.

— Intuição. E, até agora, minhas intuições raramente falham.

Flávia riu e tomou um gole de sua bebida, o olhar dela voltando a Memphis. Ele continuou flertando, soltando elogios sutis e histórias engraçadas sobre suas viagens pelo mundo. A química entre os dois era evidente, as risadas fluíam naturalmente. A música alta ao fundo parecia desaparecer à medida que eles se conectavam mais.

Depois de algum tempo conversando, Memphis começou a se aproximar dela. Flávia inclinou-se levemente, como se estivesse disposta a deixar que o momento acontecesse. Eles estavam a centímetros de um beijo quando, de repente, o telefone de Flávia tocou. O som quebrou a tensão do momento.

Ela deu uma olhada rápida no celular, e Memphis pôde ver a foto na tela. Era Ramón Díaz, o técnico do Corinthians. O coração de Memphis quase parou. Ele reconhecia aquele rosto em qualquer lugar.

Flávia atendeu rapidamente, um pouco desconcertada, enquanto Memphis ficou paralisado. A filha do técnico? Pensou ele, surpreso. Ela desligou logo em seguida, percebendo a mudança na expressão de Memphis.

— Algum problema? — Flávia perguntou, percebendo que o ar descontraído havia desaparecido.

Memphis pigarreou, tentando não deixar a preocupação transparecer. Como ele poderia ter previsto isso? Seu técnico, Ramón Díaz, era conhecido por ser rígido e protetor, principalmente quando o assunto era sua família.

— Você... é filha do Ramón? — Memphis perguntou, ainda tentando processar a situação.

Flávia assentiu, divertida pela reação.

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