O sol escaldante iluminava o gramado da Neo Química Arena, onde o Corinthians recebia o Flamengo para um jogo decisivo. As arquibancadas estavam cheias, divididas entre os torcedores apaixonados que gritavam sem parar. Rodrigo Garro, meia argentino do Corinthians, estava concentrado em campo, pronto para fazer a diferença.
No meio da torcida rubro-negra, Débora não parava de gritar. Ela era flamenguista de coração, acompanhava o time em todos os jogos e estava ali para apoiar a equipe. Durante o aquecimento, seus olhos haviam cruzado com os de Garro, e ela, sem hesitar, começou a xingá-lo.
— Vai ficar só na promessa, Garro! Aqui é Flamengo! — gritava ela, a plenos pulmões, numa mistura de paixão e provocação.
Garro ouviu. Era impossível ignorar. A energia vinda da torcida flamenguista era intensa, mas o comentário dela ecoou de uma forma diferente em sua mente. Ele a viu claramente, de cabelos castanhos presos, olhos brilhantes de raiva e uma camiseta do Flamengo agarrada ao corpo. Sorriu de canto de boca, mas não respondeu. Havia um jogo para ganhar.
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O jogo começou intenso. O Corinthians dominava, mas o Flamengo, com sua famosa garra, resistia bem. Débora não parava de xingar Garro toda vez que ele tocava na bola. Era como se ele fosse seu alvo pessoal naquele dia. Cada passe errado ou lance frustrado, ela aproveitava para soltar outra provocação.
Mas aos 30 minutos do primeiro tempo, tudo mudou. Em um contra-ataque rápido, Garro recebeu um cruzamento perfeito na entrada da área. Com precisão, chutou de primeira, mandando a bola no ângulo. O estádio explodiu em comemoração.
Ele não pensou duas vezes. Após o gol, correu para a frente da torcida flamenguista, olhos fixos em Débora, e apontou diretamente para ela, um sorriso provocador nos lábios. Era sua forma de responder aos xingamentos, um gesto que dizia "Esse é pra você". Débora, atônita, ficou sem palavras por um instante, mas logo deu de ombros, fingindo que não se importava. Porém, algo nele despertou sua curiosidade.
O jogo seguiu emocionante. No final, o placar ficou em 2x2, com ambos os times lutando até o último minuto. Quando o apito final soou, Débora, ainda pensando na provocação de Garro, o observou deixando o campo. Não podia negar que, além de bom jogador, ele era bonito. E aquela troca de olhares, aquela provocação, a deixou intrigada.
Mais tarde, já em casa, sem conseguir tirar a imagem de Garro da cabeça, ela decidiu segui-lo no Instagram. Não esperava nada em troca, era apenas curiosidade. Para sua surpresa, ele seguiu de volta quase que imediatamente.
— O que esse cara está querendo? — murmurou para si mesma, rindo.
Minutos depois, uma mensagem chegou.
Garro: "Provocação interessante a sua hoje, hein? O que achou do meu gol?"
Débora riu alto. Ele havia notado mesmo.
Débora: "Poderia ter sido melhor, mas vou admitir, foi um golaço. Não esperava que me visse na torcida."
Garro: "Como não? Você gritou mais alto que o estádio inteiro. Difícil não te notar."
O papo seguiu leve, misturando flertes sutis com provocações, até que Garro fez uma sugestão.
Garro: "E se a gente deixasse as provocações pra lá e se encontrasse? Prometo que fora do campo sou mais tranquilo."
Débora hesitou por um segundo, mas o lado curioso venceu.
Débora: "Tá bom. Que tal amanhã?"
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No dia seguinte, eles se encontraram em um restaurante discreto em São Paulo. Garro chegou primeiro, um tanto ansioso. Quando Débora entrou, ele percebeu que a energia dela era a mesma dentro e fora do estádio — forte, determinada e irresistível. Ela vestia uma blusa simples e jeans, mas sua confiança a fazia brilhar.
— Já estava começando a achar que você ia cancelar — ele brincou, levantando-se para cumprimentá-la.
— Eu não sou dessas — respondeu ela, sorrindo. — Além disso, queria ver se você é tão bom fora de campo quanto dentro.
A noite foi uma agradável surpresa para ambos. A conversa fluía naturalmente, sem a tensão inicial que esperavam. Enquanto falavam de futebol, música e vida, a química entre eles crescia a cada minuto. Depois do jantar, eles decidiram caminhar um pouco pela cidade, aproveitando a noite fresca.
Num momento de silêncio confortável, as mãos de Garro se aproximaram das dela, tocando de leve. O toque foi tímido a princípio, mas logo se entrelaçaram, sem que nenhum dos dois precisasse dizer uma palavra.
Quando chegaram ao carro de Garro, ele se virou para ela.
— Foi uma ótima noite — ele disse, encarando-a nos olhos.
Débora sorriu, e sem esperar mais, deu um passo à frente e o beijou. O beijo foi intenso, uma mistura de desejo reprimido e curiosidade. As mãos dele envolveram sua cintura, puxando-a para mais perto, enquanto as mãos dela subiam pelas costas dele. O beijo parecia durar uma eternidade e, ao mesmo tempo, poucos segundos.
— Acho que você ganhou essa provocação — murmurou ela, os lábios ainda próximos dos dele.
— Vamos dizer que foi empate — respondeu ele, sorrindo.
A partir daquele momento, o relacionamento deles evoluiu rapidamente. Passaram a se encontrar sempre que podiam, mesmo com a agenda lotada de Garro. As noites eram cheias de paixão, os beijos cada vez mais frequentes, e os momentos de intimidade entre eles fluíam naturalmente. As mãos bobas que começaram no primeiro encontro tornaram-se parte de uma rotina repleta de carinho e desejo.
O futebol, que os uniu em meio a provocações, tornou-se um detalhe menor no meio de algo muito maior. Agora, o que importava era o romance inesperado que florescia entre eles, onde o jogo de provocações dava lugar a algo muito mais profundo.
Fim.
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IMAGINE JOGADORES
FanficAceito pedidos! Minha primeira vez fazendo isso!!📍 Autora: Ana💖