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― Mantenha isso em segredo — Toji ordenou ao servo, sua voz deixando claro que não aceitaria nenhuma quebra de confiança.
― Sim, Lord Zen’in.— o servo murmurou, antes de se afastar para deixá-lo passar.
Toji entrou na mansão, carregando Kisa nos braços, enquanto a levava para um de seus aposentos privados.
Depois de entrar no quarto, Toji deitou-a delicadamente na cama macia, observando-a com um olhar preocupado. A palidez de seu rosto começava a diminuir, mas ela ainda não havia acordado.
Ele permaneceu ao lado dela, esperando que ela acordasse, tentando ignorar a estranha sensação que se agarrava a ele toda vez que olhava para o rosto doce dela. – Toji fechou os olhos e respirou fundo, sentindo aquele fio trêmulo que o ligava a Kisa, ela era sua Akai Itō, uma jovem delicada de vinte anos era o seu destino e acima de tudo. Ela era alguém totalmente alheia ao mundo Jujutsu
Toji permaneceu sentado ao lado da cama, olhando para Kisa, enquanto milhares de pensamentos e sentimentos cruzavam sua mente. Ele se sentia confuso, preocupado e possivelmente até um pouco culpado.
― Merda... — ele murmurou baixinho, enquanto passava a mão pelos cabelos. Suas emoções estavam em conflito. Por um lado, havia a raiva e a frustração pela situação em que os colocou. Por outro, havia a preocupação genuína pela jovem adormecida na frente dele.
Toji não podia deixar de concordar com Megumi naquele momento. — Ele era como uma fera selvagem, rústico e bruto como um bárbaro. Um assassino, mercenário e ela! Kisa era apenas uma universitária vaidosa, com cabelos loiros como o sol poente, e os mais belos olhos que ele nunca jamais veria em outra pessoa.
Enquanto Toji pensava em todas as diferenças que os separavam, ele não podia evitar sentir uma espécie de admiração por Kisa. Ela parecia ser a antítese perfeita dele: inocente, gentil e delicada. Ela era como uma flor selvagem, bela e frágil ao mesmo tempo. Toji se sentiu atraído pela pureza dela, mesmo sabendo que ele poderia facilmente manchá-la com o sangue em suas mãos.
As lembranças das coisas que ele tinha feito começaram a aflorar em sua mente, lembrando-lhe que ele era longe de ser um homem bom. O contraste entre ele e Kisa era nítido, quase gritante.
― Merda. — ele murmurou novamente, enquanto passava a mão pelos cabelos. A ideia de magoá-la ou manchá-la de qualquer forma o incomodava profundamente, mesmo que ele soubesse que era inevitável dado o mundo no qual ele vivia.
—....Mmm — os olhos de Kisa se estreitaram abrindo-se lentamente em um resmungo baixo e doce
Toji notou a reação e imediatamente se inclinou para frente, observando de perto enquanto os olhos de Kisa se abriam lentamente. O olhar dela parecia um pouco embotado, como se ela ainda estivesse meio inconsciente.
