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Toji se assustou um pouco com o som dos resmungos de Kisa, mas seu olhar aguçou-se enquanto esperava que ela se despertasse. Suas mãos se fecharam inconscientemente enquanto observava a mulher que amava despertando de seu sono.
Kisa abriu os olhos lentamente, ainda com um olhar sonolento, e ao ver o rosto de Toji, ficou momentaneamente surpresa. Ela olhou confusa para ele por um momento, sem dizer nada, enquanto suas engrenagens mentais ainda se adaptavam acordar.
― Toji…? — ela murmurou, finalmente reconhecendo a presença no quarto.
O som suave da voz de Kisa foi como um farol no escuro para Toji, que estava ansioso por vê-la desperta novamente. Ele se aproximou da beira da cama e se sentou ao lado dela, observando como ela o fitava com olhos sonolentos.
― Sim, amor. Sou eu. — Toji murmurou, enquanto estendia a mão para acariciar seu rosto.
Kisa rapidamente levantou e se jogou nos braços dele, afundando seu rosto contra o peito dele, em total fragilidade e vulnerabilidade —...Toji — ela sussurrou como uma oração
Toji envolveu Kisa com seus braços fortes e protetores, segurando-a com firmeza enquanto sentia seu corpo se amoldar contra o seu. A sensação familiar de tê-la tão perto, mesmo após tanto tempo, acendeu uma chama em seu peito.
― Eu estou aqui, amor — ele murmurou em um tom reconfortante, acariciando-lhe as costas enquanto a abraçava.
Toji permaneceu em silêncio por alguns momentos, simplesmente aproveitando a presença de Kisa em seus braços. Ele podia sentir sua respiração suave em seu peito e o calor de seu corpo entrelaçado ao seu. Finalmente, ele quebrou o silêncio, seu tom de voz suave e amoroso.
― Não sabe como senti sua falta — ele sussurrou, enquanto depositava um beijo leve na têmpora dela.
— Kisa, olha o esforço — Megumi alertou — Você ainda está tendo sangramento, vai com calma.
Toji se esqueceu momentaneamente da presença de Megumi no quarto, e as palavras do filho o fizeram lembrar das condições de saúde de Kisa. Ele soltou-a suavemente de seu abraço, mas permaneceu perto dela.
― Sangramento? — Toji perguntou, com um olhar preocupado. — Como é possível? Não deveria já ter cessado depois do nascimento do bebê?
Kisa suspirou, enquanto apoiava a cabeça no travesseiro. Ela estava mais acordada agora, mas seu olhar estava carregado de cansaço e exaustão.
― O médico disse que é normal haver um pouco de sangramento por um tempo mesmo depois do nascimento — ela explicou. — Mas, está diminuindo aos poucos.
