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Toji notou seu gesto de recuo e imediatamente parou de se aproximar. Ele sabia que qualquer movimento brusco poderia assustá-la ainda mais, então permaneceu onde estava, com as mãos parcialmente levantadas, mostrando que era inofensivo.
― Shh, está tudo bem — ele murmurou de forma suave, tentando acalmá-la. ― Eu não vou te machucar, doce menina. Você está segura comigo, eu prometo.― Eu nunca machucaria alguém que eu... ― Toji travou a fala, as palavras ficando presas em sua garganta. Ele olhou para ela, os olhos verdes fixos nos dela, e uma fração de vulnerabilidade apareceu em seu rosto normalmente impassível. ― Alguém que eu amo.
Kisa o encarou com seus olhos marejados, toda sua linguagem corporal mostrava o medo que ela estava sentindo, a desconfiança sob seus olhos.
— Ama? — ela sussurrou baixinho, sua voz falhada e quase inaudível
― Sim. — ele confirmou com seriedade, as palavras saindo de seus lábios com uma honestidade que nunca esperou ter. ― Eu te amo, doce menina. Não vou te machucar, não vou te abandonar. Você é a melhor coisa que alguma vez aconteceu comigo.
As palavras dele eram sinceras e carregadas de emoções que ele raramente deixava transparecer. Ele estendeu a mão em um gesto cuidadoso, tentando tocá-la.― Por favor, venha aqui comigo — ele pediu suavemente, enquanto seu olhar permanecia focado nela. — Não tenha medo, ok? Não se afaste de mim.
—....É muita coisa pra assimilar — ela sussurrou baixinho, com seu olhar assustado e temente.
― Eu sei, doce menina. Eu sei que é muito para você assimilar. — Toji respondeu com compaixão em seu tom, enquanto continuava com a mão estendida na direção dela. — Você precisa tempo para digerir tudo isso, e eu vou te dar esse tempo. Mas por favor, não tenha medo de mim. Eu quero cuidar de você, proteger você. Nenhuma maldita coisa vai machucar você enquanto eu estiver por perto.― Apenas venha aqui comigo — ele pediu novamente, enquanto sua mão continuava estendida. — Venha, doce menina. Por favor. — As palavras saem de seus lábios em um tom quase suplicante, algo que ele nunca pensara que diria.
Kisa olhou para a mão dele, e com cuidado deixou suas coisas próxima à porta do quarto, para então voltar a olhá-lo. Receosa é desconfiada ela segurou a mão dele com a sua, que estava gelada e trêmula para então dar um passo em direção a ele.
Enquanto sentia a mão dela, fria e trêmula em sua mão, Toji sentiu seus ombros relaxarem um pouco. Ele podia ver a desconfiança e o medo em seu olhar, mas o fato de ela ter aceitado seu pedido era um pequeno passo.
Ele puxou-a suavemente para mais próximo de si, envolvendo-a em seus braços. Seu corpo era duro, o de um matador calejado, mas seu toque era surpreendentemente gentil enquanto a segurava.
― Está tudo bem — ele murmurou, enquanto seu queixo repousava sobre a cabeça dela. — Eu não vou te machucar. Você está segura comigo. Eu prometo.
As lágrimas nos olhos de Kisa refletiam a dor que ambos sentiam, a realidade de que eles teriam que se separar novamente, mesmo que a conexão entre eles fosse agora mais forte do que nunca. — Por quanto tempo....você ficar longe?— ela perguntou, a vulnerabilidade em sua voz quebrando o coração de Toji. Ele não tinha uma resposta clara, mas sabia que seriam semanas, talvez até meses, dependendo de quantos feiticeiros estivesse planejado eliminar.
As palavras dela eram como uma dúzia de facas em seu peito, e Toji sentiu um aperto na garganta enquanto a ouvia falar. A verdade era dolorosa, e ele sabia que não havia maneira fácil de lhe dizer a realidade.
― Por um tempo. — ele respondeu em um murmúrio rouco. — Talvez semanas, talvez meses... depende de quanta trabalho há para eu fazer.― Eu vou voltar, doce menina. — ele adicionou com firmeza, enquanto um de seus braços permaneceu enlaçado em torno dela. — Sempre vou voltar. Para você. Nenhuma quantidade de trabalho, ninguém, nunca vai impedir que eu volte para você. Lembra disso, ok?
Kisa tinha o olhar de quem compreendia, mas a dor da separação a envolvia em um manto pesado. Ela inclinou-se para ele, buscando um último toque – um beijo que fosse capaz de capturar a intensidade de tudo que sentiam, a confusão, o amor, e a esperança de um reencontro. Seus lábios se encontraram com um fervor que falava mais do que palavras poderiam expressar, uma combinação de despedida e uma promessa de que aqueles momentos seriam lembrados, um fogo que continuaria a arder mesmo na distância.
Toji sentiu a intensidade do beijo, a mistura de paixão e desespero que refletia a situação em que se encontravam. Ele devolveu o beijo com igual fervor, seus lábios se movendo contra os dela com uma emoção quase frenética.
― Prometa que vai esperar por mim — ele murmurou contra seus lábios enquanto se separavam, embora estivesse desesperado por prolongar o contato. — Prometa que estará aqui quando eu voltar.
—....Prometo — ela sussurrou baixinho, com as mãos apoiadas no peito dele. Seus olhos castanhos-esverdeados fixos no dele conforme sua respiração ficava mais pesada, carregada de desejo.
A palavra dela era como um alento para o coração dele. Toji colocou a mão sob o queixo dela, levantando seu rosto para olhar profundamente em seus olhos castanhos-esverdeados. O desejo em seus olhos era evidente, assim como a paixão que fluía entre os dois.
― Eu vou voltar — ele afirmou novamente, as palavras eram quase um juramento. E, mesmo que soubesse que o tempo ia afastá-los, ele pretendia cumprir aquela promessa.
—....Toji — ela ronronou baixinho, roçando seus lábios com o dele
O som de seu nome saindo de seus lábios era uma música aos ouvidos dele, e Toji podia sentir a eletricidade entre eles aumentar com cada movimento de seu corpo contra o dele.
― Sim... — ele murmurou em retorno, enquanto inclinava a cabeça para capturar novamente seus lábios em um beijo, ainda mais desesperado, carinhoso e apaixonado do que o anterior.
Kisa não respondeu, apenas ficou na ponta dos pés passando seus braços ao redor do pescoço dele enquanto olhava para seus olhos até que lentamente ela começou a morder devagar seu lábio inferior
Lentamente, Toji começou a guiá-la em direção à cama, ainda beijando-a com fervor enquanto a conduzia para o quarto. Cada passo era um desafio para ele, uma luta para conter a vontade que crescia dentro dele.
Quando chegaram à beira da cama, ele a ergueu em seus braços e a deitou suavemente, o colchão abaixo deles se movendo com facilidade.
Enquanto se encontrava sobre ela, Toji finalmente quebrou o beijo, sua respiração pesada enquanto seus olhos permaneciam fixos nos dela. Ele podia ver a mesma paixão refletida nela, e aquilo só fazia o desejo dentro dele crescer ainda mais.
― Eu quero você — ele declarou baixinho, enquanto uma mão acariciava seu rosto com ternura. — Cada pequena parte de você, doce menina...
