capítulo 11

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As semanas se passaram em um borrão de missões e compromissos para Toji

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As semanas se passaram em um borrão de missões e compromissos para Toji. O trabalho como caçador de recompensas o levou a vários lugares, de batalhas sangrentas a negociações arriscadas, tudo pelo bem do clã e da dignidade de suas raízes. No entanto, em cada canto escuro onde ele se aventurava, uma parte dele continuava ligada àquela jovem que tinha encontrado nas ruas, Kisa. A conexão que sentia se aprofundava a cada dia, e a distância só fazia aumentar a ansiedade em seu coração.

Finalmente, ele decidiu retornar à universidade.  Ele queria vê-la, mesmo que de longe, e observá-la em seu ambiente natural. Ele se moveu furtivamente pelos corredores movimentados, onde estudantes passavam apressados, muitos deles com os rostos embutidos em smartphones. Toji tentou se manter invisível, moldando sua presença à sombra, como um espírito que vagava.

A cena que encontrou o pegou de surpresa. Kisa estava sentada em um pequeno banco sob uma árvore que se projetava para fora das paredes da universidade. Os raios de sol filtrados pelas folhas dançavam em seu rosto, dando a ela um brilho etéreo. Com os dedos, ela penteava os cabelos longos e claros, cada movimento delicado revelando a suavidade de suas feições. Havia um conforto ali, uma paz que irradiava dela. No entanto, o que prendeu verdadeiramente a atenção de Toji foi a presença de Yuji Itadori, o famoso receptáculo de Sukuna, que estava ao seu lado.

Eles conversavam animadamente, Yuji com seu sorriso largo e energia contagiante, que iluminava qualquer espaço ao seu redor. Ao vê-lo tão próximo de Kisa, uma onda de ciúmes se apoderou de Toji. Ele conhecia a reputação de Yuji, sabia que ele era um jovem cheio de vida, admirado por muitos, com um carisma que facilmente atraía as pessoas. Para Toji, porém, Yuji era mais do que isso. Ele era um ser atado em uma luta interna com uma das entidades mais temidas da história. As circunstâncias não poderiam ser mais complicadas.

Kisa riu de algo que Yuji disse, a melodia do seu riso cortando a névoa de seus pensamentos sombrios. Aquela risada, tão genuína e pura, queimou como um fogo em seu coração, trazendo um misto de felicidade e possessividade ao mesmo tempo. Ele queria estar ali, proteger seu pequeno cristal das tempestades que a vida poderia trazer. Era nesse momento que ele percebeu: não podia mais ignorar o que sentia. Kisa era mais do que uma simples amiga; seu coração estava profundamente entrelaçado ao dela, e a presença do outro jovem não fazia nada além de despertar essa conclusão.

Com o coração pesado de emoções conflituosas, Toji decidiu que precisava se afastar um pouco, permitindo que Kisa desfrutasse de sua amizade com Yuji sem a sua interferência. No entanto, a ideia de ficar distante apenas aumentou o peso do ciúmes que o consumia. Ele odiava essa vulnerabilidade que ela despertava nele, esse lado mais suave que desafiava a persona letal que ele tinha construído ao longo dos anos.

Enquanto observava os dois, Toji começou a se concentrar. Utilizando suas habilidades, ele se permitiu entrar em sintonia com a atmosfera e o espaço ao seu redor. Os sons ao oferecer a ele uma maneira de invocar invisibilidade ainda mais eficiente. Sem que Kisa ou Yuji percebesse, ele desenhou um pequeno círculo na terra com os pés, criando uma barreira que o tornava indetectável a eles, mas que ao mesmo tempo o conectava com cada respiração e risada que compartilhavam.

Sentindo as emoções intensamente, Toji reflete. Afinal, ele não queria que o espírito que havia ameaçado Kisa no passado a assombrasse novamente, seja na forma de uma entidade maligna ou da vulnerabilidade emocional que surgia com o ciúmes. Ele precisava ser mais do que um guardião; precisava ser alguém em quem ela pudesse confiar completamente.

Com essas considerações, ele decidiu que precisava agir. Ao invés de simplesmente observar, deveria se aproximar. O amor que estava crescendo dentro dele não poderia ser suprimido, e ele precisava encontrar uma maneira de se mostrar para Kisa, ensinar a ela a importância de ser protegida, sem precisar se esconder por trás das sombras.

Assim, com determinado foco, Toji se preparou mentalmente, já definindo sua abordagem. Uma parte de seu coração se aquecia com a ideia de ver Kisa feliz, enquanto outra se preparava para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho. Porque, no final, ele não lutava apenas pelo clã ou por recompensas; lutava por Kisa, pela oportunidade de fazer dela não apenas uma amiga, mas a mulher por quem seu coração pulsava.

Toji continuava observando aquela cena de longe, enquanto o ciúme aumentava dentro dele. O jeito como Yuji conversava com Kisa, como fazia ela rir... Era irritante. Mas ao mesmo tempo, ele sentia algo mais. Uma necessidade desesperada de proteger a jovem.

― Maldito seja aquele garoto — ele murmurou baixinho enquanto seguia observando a cena, suas mãos se fechando em punhos crispados.

A cena que se desenrolava diante dele era quase uma tortura. Vendo Kisa rir com Yuji, aquela risada que fazia seu coração se agitar, o deixava ainda mais irritado. Ele não podia evitar sentir ciúmes daquela situação, aquele garoto não era digno dela, não era digno da delicadeza dela.

― Maldito seja ele! — Toji sussurrou para si mesmo, enquanto continuava observando os dois da distância. ― Por que ela tem que rir assim com ele?

Itadori ajoelhou  em frente a Kisa enquanto ela continuava a Escovar os cabelos loiros com os dedos, fazendo o sorriso dela aumentar por algo que ele havia dito, um sorriso tímido e envergonhado carregado de doçura

Toji podia sentir uma onda de ciúmes e irritação percorrendo seu corpo à medida que observava Yuji ajoelhado diante de Kisa, seu gesto de proximidade com ela. Ele cerrou os punhos com raiva e frustração, mordendo o lábio inferior para tentar conter o impulso de ir até lá e afastá-lo dela.

― Por que ele está tão próximo dela? — ele murmurou para si mesmo, enquanto lutava contra o impulso de interferir.

A cena que se desenrolava diante dele era como um golpe no peito, vendo Yuji tão próximo de Kisa. O ciúme queimava dentro dele, uma chama que ameaçava se tornar incontrolável. Ele não podia simplesmente ficar ali, observando, enquanto alguém se aproximava dela daquela forma, enquanto um simples garoto roubava essa risada doce dela.

― Maldito seja ele! — Toji murmurou para si mesmo novamente, enquanto tentava manter o controle das emoções turbulentas dentro dele.

Perene - Toji Fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora