Cap XXII

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Nami on:

 Faz um tempo que eu acordei, mas fiquei na cama porque não ouvi barulhos, então supus que ainda estava muito cedo. Quando cansei de ficar deitada, decidi me levantar e ir para fora.

 O dia está lindo, o sol já está nascendo, e, por algum motivo, hoje não está tão calor. Quando fui à cozinha, só vi Sanji na frente do fogão, fazendo ovos com bacon.

 Ele usava uma camisa azul, uma calça preta e o novo avental que comprou na última ilha.

— Bom dia — digo, finalmente.

 Ele se vira no mesmo instante, com a mão ainda segurando a espátula. Ele sorri e responde com a voz suave de sempre:

— Bom dia, senhorita — ele logo desvia o olhar para o meu corpo. — Ainda de pijama? Já são seis e meia.

 Olho para baixo, só percebendo agora. Não acredito que esqueci de tirar essa droga.

 Volto a olhar para o loiro, que observava meu rosto atentamente.

— Ah, é que eu... me sinto mais confortável assim. Aliás, ninguém acordou?

 Ele volta sua atenção para a frigideira, virando os ovos e os bacons. Fui até a mesa e me sentei no lugar de sempre, apoiando minha cabeça no braço.

— Não, ontem ficamos acordados até tarde. Eles devem estar cansados.

— É, verdade — dou um sorriso preguiçoso. — Ontem eu fui dormir cedo...

— E a S/n e o Zoro? Será que eles já chegaram?

 Levanto minha cabeça, com os olhos um pouco arregalados, lembrando dos gemidos de ontem.

— Chegaram, mas a noite deles foi bem longa, acredite em mim.

— Como você sabe? — ele coloca os ovos no prato, junto com o bacon, lava as mãos na pia e se vira para me olhar.

— A S/n gemeu praticamente a madrugada inteira. Foi um saco conseguir dormir depois.

 O loiro fica vermelho instantaneamente, virando-se na velocidade da luz e se apoiando na pia.

 Quando ele faz isso, eu começo a rir.

— Eu sabia que você ainda não tinha superado.

 Dessa vez, ele demora para responder, mas logo começa a falar com a voz um pouco abafada, já que está tampando a boca.

— Não é isso, eu só...

 Não... ele não...

— Você está com vergonha porque está vermelho? — digo, debochando.

 Quando percebo que ele não ia me responder, comecei a rir. Eu estava certa.

— Não acredito nisso — falo entre risos.

 Ele apenas endireita a coluna, pega o prato, se vira e o coloca na minha frente.

— Come. — pede, ainda um pouco vermelho.

— Mas, Sanji, você fez para você comer...

— Não ligo, você é minha prioridade. — Ele começa a se virar, mas desiste. — E já vou fazer seu suco de abacaxi com hortelã, senhorita.

 Ele se vira, vai até a pia, abre o armário e pega um liquidificador. Sinto minhas bochechas enrubescerem, um calor toma conta do meu corpo e, por algum motivo, não consigo tirar os olhos do loiro, que agora cortava o abacaxi. Aqueles braços habilidosos com a faca, suas mãos delicadas, seu cabelo parecia mais limpo que o meu, suas roupas estavam tão brancas quanto algodão. Sua postura era tão perfeita e... pera, eu nunca reparo nesses detalhes.

A melhor amiga do meu capitão (IMAGINE ZORO)Onde histórias criam vida. Descubra agora