Sinopse: Alisson Carter, uma menina que é acomodada com sua vida em Forks, que sofre pela falta de amigos e pela ausência dos pais que só pensam em trabalho.
Sua vida muda drasticamente quando ela resolver fazer um trabalho da escola na floresta da...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Me peguei olhando no fundo dos olhos daquele lobo. Ele me encarava de um jeito profundo, quase humano. Talvez fosse loucura da minha mente, pregando uma peça por estar horas sem me alimentar. Mas havia algo naquele olhar... como se ele visse dentro de mim, além do que qualquer pessoa já viu. Permanecemos assim por alguns minutos, até que um lobo branco apareceu, uivando — parecia chamá-lo para se juntar à alcateia, que estava caçando o vampiro que quase me matara. Num piscar de olhos, ele saiu daquele transe silencioso, virou-se e sumiu floresta adentro.
Não vou mentir: senti muito medo. Medo de que o vampiro voltasse. Medo dos lobos. Medo de morrer ali, sozinha. A dor na perna esquerda, causada pela queda brutal após o ataque do vampiro, era insuportável. Eu não conseguia me levantar. Fiquei ali, encostada em uma árvore, até anoitecer. O frio aumentava e a floresta parecia me engolir aos poucos. Minha mente corria solta, questionando se tudo aquilo havia mesmo acontecido ou se era apenas um delírio. Será que bati a cabeça? Será que imaginei os lobos? O vampiro?
E se tudo fosse real? Como eu sairia dali? Meus pais viriam me procurar? Ou eu morreria ali, de frio, de fome, de medo?
Foi quando ouvi um barulho vindo na minha direção. Meu coração gelou. Estava tão perto... fechei os olhos, esperando o pior. Até que escutei uma voz:
— Alisson Carter?
Abri os olhos de repente. Um homem de aparência forte, cabelo raspado e uma tatuagem tribal no braço me olhava com preocupação. Parecia alguém da reserva. Ele continuou:
— Me chamo Sam. Sua família está procurando por você. Graças à mensagem que mandou para sua mãe, conseguimos rastrear sua localização. Ainda bem que está viva! Mas... o que fazia aqui?
Contei quase toda a verdade:
— Queria tirar umas fotos para um trabalho de fotografia. Subi em uma árvore para conseguir um ângulo melhor, mas acabei caindo... machuquei a perna.
Não ousei mencionar o vampiro ou os lobos. Quem acreditaria? No melhor dos cenários, achariam que eu bati a cabeça. No pior, me mandariam para um hospital psiquiátrico.
Ele estreitou os olhos, claramente percebendo que eu não estava contando tudo.
— Aqui é perigoso. Você não devia andar sozinha por essas florestas. Deixe-me ajudá-la.
Sem esforço, ele me pegou nos braços. Senti o calor do corpo dele contrastar com o frio cortante da floresta. Como ele podia estar tão quente sem estar usando quase nada?
Chegamos rápido à reserva. Meus pais vieram correndo ao me ver — o rosto deles era puro alívio, seguido de preocupação.
— O que passou pela sua cabeça, Alisson? Vir tão longe só para tirar fotos? — disse minha mãe, abraçando-me com força. — Eu estava desesperada, achando que algo terrível tinha acontecido.