AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
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Lucerys estava na companhia de seus irmãos. Ambos se encontravam nos aposentos do herdeiro de Derivamarca. Joffrey mordia uma fatia de torta de limão, enquanto Lucerys e Jacaerys bebericavam seus sucos em silêncio. O ambiente estava carregado, e a ausência de seu pai ainda pairava sobre eles como uma sombra.
— Agora que papai morreu, as coisas vão ficar difíceis para nós — disse Lucerys, rompendo o silêncio.
— Concordo. Acho que devemos nos proteger, a corte está cada dia menos confiável. Precisamos falar com mamãe sobre isso — sugeriu Jacaerys, o mais velho dos três, sempre o mais sensato.
— Somos um alvo em potencial nas mãos dos Hightower — acrescentou Joffrey, limpando suas mãos após terminar sua fatia de torta. — Entretanto, eles irão se concentrar no fato de que mamãe está viúva.
Os irmãos se entreolharam, cientes da situação atual que se encontravam.
— Nosso dever agora é protegermos uns aos outros e proteger mamãe. Ela é agora uma noiva em potencial para lordes viúvos e rapazes solteiros — disse Joffrey, sua voz firme apesar da pouca idade. — E sabemos muito bem que eles não estão interessados em um casamento amoroso, mas sim nas vantagens que podem obter com o título de consorte.
Joffrey tinha apenas doze anos, mas sua inteligência e percepção sempre o destacaram entre os irmãos. Embora fosse o mais jovem dos filhos da princesa, ele compreendia as intrigas que cercavam sua família e a corte, enxergando além da idade que possuía.
— Ele tem razão — disse Lucerys, pensativo. — Precisamos ser cuidadosos, a corte está cheia de serpentes.
— Vamos falar com mamãe o quanto antes — concordou Jacaerys, o mais velho, sempre pronto para agir.
— Devemos pensar com cautela antes de falarmos com ela — advertiu Lucerys, a preocupação evidente em seu tom.
— Luke tem razão, Jace. Vamos tratar disso com cuidado e cautela — disse Joffrey, voltando seu olhar atento para o irmão mais velho. — Lucerys, preciso de um papel e tinteiro.
Lucerys moveu-se rapidamente, indo até seu baú e retirando o que o irmão havia pedido. Ele entregou o papel e o tinteiro a Joffrey, que abriu a folha sobre a mesa e começou a escrever com cuidado, sua expressão concentrada. As letras fluíam conforme ele anotava nomes, todos membros de casas importantes ou figuras que poderiam ser tanto aliados quanto inimigos no futuro.
— Vamos identificar quem está realmente do nosso lado — Joffrey murmurou enquanto escrevia. — E quem pode nos trair.
Lucerys e Jacaerys observavam em silêncio, sabendo que cada movimento precisaria ser calculado. O jogo político era perigoso, e agora, sem a presença do pai, a responsabilidade pesava ainda mais sobre seus jovens ombros.