AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O sol ainda não havia raiado; ele acordou mais cedo do que o esperado. Sentindo o lado de sua cama vazio, ele pensava nela. No dia em que teria Rhaenyra ali, deitada consigo, compartilhando a mesma cama. Queria deitar-se com ela todas as noites e ser o primeiro a vê-la quando acordasse. Esticou o corpo sobre a enorme cama, sentindo os lençóis se embrenharem em seu corpo enquanto a preguiça tomava conta de si. Aemond foi retirado de seu momento particular pelos serviçais que entraram em seus aposentos para preparar o seu banho quente.
Ele reconheceu uma das servas de sua mãe. Talya estava parada, a cinco passos de distância do príncipe. Aemond levantou-se da cama, com o rosto sério.
— Meu príncipe, sua graça pediu para lhe informar que o desjejum será servido mais cedo.
— Algum motivo em especial para isso, Talya? — Dirigiu-se ao lavabo, vendo a água ser aquecida. Tocou a superfície para sentir a temperatura.
— Um corvo chegou de Derivamarca, informando o falecimento de Sor Laenor Velaryon. — Ela disse sem rodeios.
Aemond parou.
Ele estava estático, não acreditava no que acabara de ouvir. Os deuses não seriam tão bons assim consigo. Laenor estava morto, logo, Rhaenyra estava viúva. Ele esperou por tantos anos, que ainda se lembrava da primeira vez que sentiu algo diferente por sua irmã mais velha. Ele a admirava em segredo, longe das vistas de sua mãe e de toda a corte. Aos dez anos, escreveu sua primeira carta para ela; aos treze, pôde se aproximar dela, mesmo que por um curto período. Aos dezesseis, seu coração já pulsava fortemente por ela; seus pensamentos eram completamente voltados para a falta que ela fazia naquela fortaleza. E hoje, aos dezenove, ele sabia que poderia vê-la novamente.
— Meu príncipe? — Talya o chamou. Aemond despertou de seus devaneios e olhou para Talya.
— Diga à rainha que estarei presente no desjejum. Agora podem se retirar; preciso me banhar.
Os empregados saíram por onde vieram, e Aemond estava sozinho novamente. Retirou suas vestes, deixando-as sobre a cadeira. Entrou na água, aproveitando todo o calor que ali havia. Ele estava radiante, um sorriso surgiu em seus lábios. Afundou a cabeça na água, sentindo cada pedaço de seu corpo ser abraçado pela sensação quente.
Sentia-se como uma criança feliz ao provar uma fatia de bolo pela primeira vez. Ele certamente provaria, mas não seria uma fatia de bolo. Voltando à superfície, seus pensamentos clarearam com a ideia de estar perto de Rhaenyra depois de tantos anos sem vê-la.
Enquanto Aemond desfrutava da ideia de reencontrar sua adorada irmã, sua mãe estava sentada à mesa do desjejum com Viserys, Helaena e Aegon. Sua carranca era evidente; ela não gostava de esperas, ainda mais da parte de seus próprios filhos. A rainha consorte tentava camuflar seu descontentamento em ter que reencontrar sua jovem enteada depois de anos sem vê-la. Que os Sete lhe concedam paciência para estar no mesmo ambiente que a princesa.