AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
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O grande torneio organizado para celebrar o noivado de Rhaenyra era um espetáculo de cor e som. A arena ressoava com os gritos dos espectadores e o tilintar das armaduras enquanto os cavaleiros se preparavam para suas justas. Viserys, radiante, ocupava o lugar de honra no centro do pavilhão real. Sua expressão refletia a satisfação de um pai orgulhoso, ansioso por mostrar à corte a grandiosidade de sua família.
A seu lado, Alicent mantinha uma postura impecável, embora seus olhos traíssem uma inquietação silenciosa. Rhaenyra, em seu vestido vermelho-escuro com detalhes dourados, exalava majestade. Ao lado dela, seus filhos — Jacaerys, Lucerys e Joffrey — observavam atentos o movimento na arena.
A posição de destaque também incluía Corlys e Rhaenys, sentados à direita do rei, representando a força da Casa Velaryon e sua aliança com os Targaryens. Corlys, altivo como sempre, parecia observar tudo com um olhar crítico, enquanto Rhaenys mantinha uma expressão controlada, mas analítica.
Mais ao fundo, Aegon, de olhos semiabertos e expressão entediada, inclinava-se em sua cadeira, enquanto Helaena brincava distraída com uma pequena borboleta presa em suas mãos. O contraste entre os dois grupos era nítido, destacando a divisão que se desenhava na casaTargaryen.
Entre os nobres que preenchiam a arena, Cassandra Baratheon estava presente, suas vestes de azul e dourado brilhando ao sol. Ela parecia interessada no torneio, mas seus olhos ocasionalmente desviavam para a área real, onde Aemond estava posicionado junto aos demais cavaleiros. A presença dela não passou despercebida por Daemon, que a observava com um sorriso calculado, já ponderando como usá-la em seu plano.
O torneio começaria em breve, e todos aguardavam ansiosamente o início das justas. O clima estava carregado de expectativas e tensões, cada olhar e gesto carregando significados ocultos, refletindo os intrincados jogos de poder que permeavam a corte.
Aemond trocou algumas palavras com Rhaenyra antes de se juntar aos outros cavaleiros que disputariam a justa. Daemon, com sua habitual sutileza, afastou-se de onde estava e sentou-se ao lado de Cassandra. Ela imediatamente voltou os olhos para ele, seus lábios formando um sorriso suave.
— Meu príncipe — cumprimentou, inclinando levemente a cabeça em um gesto elegante.
Daemon sorriu de canto, inclinando-se um pouco mais para ela, a familiaridade em seu tom evidente.
— Pode me chamar de Daemon, querida. Você é Cassandra Baratheon, certo?
— Sim, meu príncipe — respondeu ela, quase automaticamente.
Ele arqueou uma sobrancelha e lançou-lhe um olhar de reprovação, tão afiado quanto suas palavras poderiam ser.
— Perdão, você está certo... Daemon — corrigiu-se, rapidamente, com um leve rubor nas bochechas.