𝗢𝗕𝗦𝗘𝗦𝗦𝗜𝗢𝗡 004

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126 d.C;  DOCE DELEITE

Despedindo-se de seu marido e eterno melhor amigo, Rhaenyra deixava as lágrimas molharem seu rosto coberto

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Despedindo-se de seu marido e eterno melhor amigo, Rhaenyra deixava as lágrimas molharem seu rosto coberto. Rhaenys estava ao lado dela, consolando-a e buscando conforto. Laenor era jovem e havia perdido a vida devido à doença que contraiu após a batalha contra a Triarquia. O ritual fúnebre Velaryon foi realizado, e todos estavam tristes pela perda de Sor Laenor. Lucerys conversava com Rhaena, que segurava suas mãos, oferecendo um consolo singelo.

Baela, ao lado de Jacaerys, o abraçava. Queria poder tirar toda a dor que seu querido noivo sentia, mas sabia que não podia. O luto deve ser vivido para que as boas lembranças possam permanecer nas memórias. Laenor foi um bom pai e cumpriu seu dever com Rhaenyra e seus doces filhos.

As nuvens carregavam um céu plúmbeo estagnado. A corte se retirava para o interior do castelo de Derivamarca. Rhaenys acompanhou Rhaenyra até seus aposentos para descansar. Lucerys e Jacaerys despediram-se da mãe e também se recolheram. Aos poucos, a corte foi deixando o salão, enquanto o tempo frio indicava chuva. Aemond estava com a cabeça cheia de pensamentos. Havia visto sua doce irmã poucas vezes. Ela deveria estar abalada pelo luto.

Seus sobrinhos estavam maiores do que ele imaginava. Odiava admitir, mas haviam se tornado rapazes galantes. Claro, isso se devia ao ventre real de Rhaenyra. Imaginava que seus filhos com ela seriam os mais belos dos Sete Reinos. Ah, sim. Ele se casaria com ela e lhe daria lindos bebês.

Com esses pensamentos, Aemond adormeceu.

Sua obsessão por Rhaenyra... fora ensinado desde criança a odiá-la, mas algo dentro de si renegava esse sentimento. Como poderia odiá-la? Ele a amava; soube que a amava ainda jovem. Ela era sua meia-irmã, a mulher que ele deveria odiar, mas acabou amando. Rhaenyra Targaryen. A partir dos seus dezessete anos, noite após noite, seus sonhos eram dominados por imagens vívidas, cheias de desejo, onde ele e Rhaenyra se encontravam em momentos proibidos e íntimos.

Ele podia sentir o cheiro dela, o toque de sua pele, como se tudo fosse real. Em seus sonhos, Rhaenyra não era a mulher distante e inalcançável que ele via durante o dia. Ela era sua, completamente. Aemond via-se mergulhado em uma espiral de desejo incontrolável, onde o toque de Rhaenyra incendiava sua pele e o som de sua voz sussurrando seu nome ecoava em sua mente.

Cada sonho parecia mais intenso que o anterior. Eles se encontravam em uma sala escura, sozinhos, a tensão entre eles pulsando no ar. Aemond se aproximava, sentindo o calor que emanava dela. Ele a tocava com urgência, com uma necessidade que o surpreendia. Nos sonhos, ele era livre para explorar cada centímetro de seu corpo, para ouvir seus suspiros, para sentir o peso de sua respiração contra ele. E, a cada toque, a cada movimento, Rhaenyra respondia, entregando-se completamente ao desejo que compartilhavam, algo que nunca seria possível na realidade, até então.

Os gemidos dela ecoavam em sua mente, chamando-o, implorando por mais. Ele se perdia na sensação, na ideia de que, ali, naquele espaço do sonho, ela era sua, e nada mais importava. Cada vez que ele acordava, a sensação de perda e vazio o corroía. Durante o dia, ele tentava afastar essas lembranças, concentrando-se em suas obrigações, em sua missão. Mas à noite, quando se deitava e fechava os olhos, Rhaenyra voltava a ele, e o fogo se reacendia.

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