AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
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Os dias que seguiram foram intensos em Porto Real. Os preparativos para o casamento de Rhaenyra e Aemond mobilizavam todo o castelo, e cada detalhe era minuciosamente planejado para que o evento fosse grandioso e digno da Casa Targaryen. Os corredores estavam constantemente repletos de servos, carregando tecidos luxuosos, flores e outros adornos que iriam compor a celebração.
O anúncio real do noivado, feito pouco após o jantar, havia espalhado-se rapidamente pelos Sete Reinos, despertando diversas reações. Jovens lordes e herdeiros de grandes casas, que por muito tempo tinham esperado a chance de conquistar a mão da princesa herdeira, agora viam-se decepcionados e desprovidos de qualquer oportunidade de aliança com o trono. Comentários amargos e ressentidos eram ouvidos entre eles, enquanto outros, mais prudentes, aceitavam o fato com diplomacia, reconhecendo o poder estratégico da união entre Rhaenyra e Aemond.
Nas ruas de Porto Real, o povo comentava sobre a união inesperada, alguns enxergando nela um reforço da linhagem real e outros, mais supersticiosos, falando de antigos presságios e disputas entre dragões. A corte, no entanto, estava focada no esplendor do evento, sabendo que o casamento simbolizava a continuidade do reinado e da paz, ao menos sob a superfície.
Rhaenyra estava de pé sobre um banco de madeira, enquanto uma das criadas ajustava a barra de seu vestido. Ela vinha notando que seus vestidos estavam cada vez mais apertados, e agora, seu ciclo estava atrasado. Sabia bem o que aquilo significava; afinal, já havia passado por três gravidezes.
Perdida em pensamentos, Rhaenyra foi subitamente trazida de volta à realidade com a entrada de Aemond no aposento.
— Pode se retirar, Célia — disse Rhaenyra, descendo do banco.
— Sim, Alteza — respondeu a criada, curvando-se respeitosamente para ela e, em seguida, para o príncipe Aemond antes de deixar o quarto.
A criada saiu, deixando Rhaenyra e Aemond sozinhos no quarto. Ele observou-a em silêncio por um momento, analisando sua expressão ligeiramente pensativa.
— Algo te preocupa, princesa? — Aemond perguntou, aproximando-se devagar, o olhar atento em cada detalhe de Rhaenyra.
Ela hesitou por um segundo, procurando as palavras certas. A notícia que tinha não era simples, e ela sabia que aquele momento mudaria ainda mais o rumo de suas vidas.
— Aemond... há algo que preciso lhe contar — começou ela, respirando fundo. — Estou... com a minha lua em atraso. Acho que podemos estar esperando um filho.
O semblante de Aemond suavizou, e uma mistura de surpresa e emoção apareceu em seu olhar. Ele se aproximou mais, tomando as mãos de Rhaenyra nas dele.
— Um filho — repetiu ele, como se provasse a palavra. Um sorriso quase imperceptível surgiu em seus lábios, mas o brilho em seu olhar demonstrava uma felicidade que ele raramente deixava transparecer. — Isso é maravilhoso, Rhaenyra.