AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
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A melodia que antes preenchia o salão havia cessado, substituída por um silêncio tenso que pesava sobre todos os presentes. Alicent, que até então estava estática e boquiaberta, foi a primeira a romper o silêncio.
— O que significa isso, Viserys? — Sua voz tremia em um tom grave, lutando para não perder o controle e gritar. O olhar que lançou ao marido era de puro choque e incredulidade.
Lucerys arfava, com os olhos fixos na mãe e em Aemond, que permanecia ao lado dela. A tensão entre os filhos de Rhaenyra era palpável. Joffrey saiu rapidamente de sua cadeira, aproximando-se do irmão mais velho, enquanto Jacaerys se levantava, acompanhando o movimento e encarando a situação com uma fúria contida.
Viserys, com uma expressão que poucos haviam visto em anos, fixou o olhar na esposa. Sua voz soou firme e cortante, uma autoridade há muito esquecida.
— Não fui claro, minha esposa? — Sua voz reverberava pelo salão, surpreendendo até mesmo os que estavam acostumados a sua presença pacífica. — Desejo casar Rhaenyra com Aemond.
— Eu não estou surda, Viserys, ouvi perfeitamente o que disse. Perguntei o que significa. Você não pode casar meu filho com Rhaenyra. — Alicent falava com uma mistura de incredulidade e fúria.
— Eu posso e vou. — Viserys respondeu, firme, sem hesitar.
— Você perdeu o juízo, Viserys? — Alicent se exaltou, a voz aumentando um tom.
— Alicent! — Otto a repreendeu rapidamente. — Não se esqueça de que você está falando com o rei.
Alicent lançou um olhar gélido ao pai antes de responder, desafiadora.
— Viserys não é apenas o rei, é meu marido também. Então, peço para que a Mão não interfira nos assuntos familiares.
Daemon observava a cena com os olhos arregalados. Nunca imaginara que a velha víbora ousaria desafiar Otto dessa forma, ainda mais na frente de todos.
— Aemond é meu filho, meu segundo filho homem. Ele deveria se casar com uma donzela, uma donzela jovem e devota.
— O que está insinuando, Alicent? — O rosto de Viserys, já marcado pela fadiga e descontentamento, expressava mais do que suas palavras poderiam transmitir.
— Sua filha é uma depravada, Viserys. — A voz dela transbordava uma mistura de desprezo e indignação, cada sílaba impregnada de raiva contida.
Aemond, sentindo a tensão no ar, se voltou para a mãe, defendendo Rhaenyra com fervor. Mas a atenção rapidamente se desviou quando Lucerys, em um momento de raiva, lançou uma taça de vinho na cara da rainha consorte.
— Leve sua boca para falar com minha mãe! — gritou ele, a fúria em sua voz ecoando pela sala.
— Parem! — A exaltação de Viserys rompeu o silêncio, sua voz ressoando com autoridade enquanto ele tentava restaurar a ordem entre a família e suas respectivas queixas.