AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
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Longe, seus pensamentos voavam junto ao desejo de estar com ela. Saudade de alguém que nunca foi seu; ele sentia falta dela. Haviam se passado três anos desde que Rhaenyra foi embora. Sua adorada meia-irmã residia em Pedra do Dragão com o marido, Sor Laenor. Durante todos esses anos, ela nunca voltou para visitas.
Os sentidos de Aemond voltaram ao mundo externo quando sentiu a pancada da maça-estrela de Sor Criston Cole contra seu escudo. Com o único olho bom, ele fixou o olhar nos movimentos do manto branco. Pulou sobre a ponta dos dedos, seus cabelos balançavam, encantando as donzelas que assistiam, mas ele não ligava; não tinha olhos para nenhuma outra mulher que não fosse ela.
Desviou do ataque furtivo e não demorou para impor seu contra-ataque. Protegendo-se com o escudo enquanto atacava com a espada, ele a girou sobre o pulso, confundindo Sor Criston. O manto branco tentou uma investida, mas foi barrado pelo escudo do príncipe, que aproveitou a guarda aberta. Aemond deu uma rasteira em Sor Criston e, em seguida, o derrubou acertando-o com a lateral da espada. Ele finalizou apontando a lâmina para o pescoço de Sor Criston, derrotado no chão do pátio de treinamento.
Aemond foi recebido com uma chuva de palmas, a maioria vinda das donzelas presentes que assistiam ao treino. Criston levantou-se com a ajuda do príncipe, que por sua vez o deixou no pátio, sozinho, com todos que testemunhavam o emocionante treinamento do segundo filho do rei.
Ele estava exausto, farto de todos os falsos sorrisos e dos bajuladores da corte de sua mãe. Sim, a corte de sua mãe; Viserys era tão cego que não viu quando a corte do rei transformou-se na corte dos verdes. Alicent tramava para pôr Aegon no trono bem debaixo de seu nariz, com a ajuda do homem que deveria ser a Mão do Rei.
Alicent era ambiciosa, Aemond sabia disso; talvez tenha herdado a ambição da mãe. Mas suas ambições e obsessões eram diferentes: seu único desejo era estar com ela, tê-la para si. Rhaenyra Targaryen era sua obsessão, e casar-se com ela era sua ambição. Mas, como poderia fazer isso se Rhaenyra estava casada com Laenor? Pelos Sete, como ele odiava o filho da Serpente Marinha, odiava que ele fosse casado com Rhaenyra, que tivesse o privilégio de vê-la todos os dias, enquanto ele próprio não a via há três malditos anos.
O mau humor agora era nítido em seu rosto. Virando mais alguns corredores, avistou seus aposentos, entrou de imediato e trancou-se por dentro. Jogou-se na cama, e um suspiro alto deixou seus lábios.
— Rhaenyra... eu só queria vê-la agora. — Ele disse em voz baixa, quase como um sussurro.
Naquele mísero instante, ele queria que ela estivesse ali, como se fosse possível. Ele a abraçaria, beijaria suas mãos e sentiria o seu cheiro de óleos frescos. Olharia em seus lindos olhos, tocaria seu belo rosto, assim como fez naquele dia em Derivamarca. Ele queria senti-la ao menos um pouco, ter o privilégio de estar com ela.