𝗢𝗕𝗦𝗘𝗦𝗦𝗜𝗢𝗡 006

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126 d.C; DISPUTA

Era noite quando Rhaenyra, finalmente, deixou seus aposentos

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Era noite quando Rhaenyra, finalmente, deixou seus aposentos. O castelo ainda estava em luto, e muitos nobres, ao vê-la passar, ofereceram suas condolências com acenos respeitosos e murmúrios discretos. No entanto, ela estava absorta em seus próprios pensamentos, os acontecimentos da noite passada rondavam sua mente.

Ela caminhou pelos corredores iluminados apenas pela luz suave de tochas e velas, até encontrar refúgio na biblioteca do castelo. O local estava silencioso, acolhedor em meio à escuridão, com suas prateleiras imponentes repletas de livros. Ali, na solidão daquele espaço, Rhaenyra sentiu que podia respirar, longe dos olhares de pena e dos murmúrios indiscretos.

Ela se sentou em uma cadeira de madeira perto da lareira, seus olhos vagando pelas páginas de um livro aberto em seu colo, mas sua mente estava longe, perdida nas lembranças. As palavras no papel pareciam distantes, incapazes de distraí-la de seus pensamentos. O silêncio da biblioteca era profundo, quase reconfortante, como se ali ela pudesse encontrar um momento de paz em meio ao caos que cercava sua vida.

A cada página que Rhaenyra virava, os pensamentos intrusivos ganhavam força, e as palavras nos livros não eram capazes de sufocar o turbilhão de emoções que a dominava. Por mais que tentasse se concentrar, sua mente sempre retornava à noite anterior, ao calor daquele encontro proibido, ao toque de Aemond.

Aemond.

Nunca imaginou que ele ocuparia tanto espaço em seus pensamentos, que o desejo e a entrega daquela noite a deixariam viciada em cada gesto, cada toque, cada sussurro. Ela sabia que não deveria estar pensando nele. Sabia que isso não estava em seus planos, que as implicações de ceder àquele desejo poderiam ser devastadoras, mas o gosto de seu beijo ainda estava vivo em seus lábios, e o calor de seu corpo ainda ardia na lembrança.

Ela sentia sua pele formigar só de lembrar, seus sentidos ainda sensíveis ao prazer que ele a fizera experimentar. Era um desejo que crescia e a consumia. Fechando o livro em seu colo, Rhaenyra suspirou, frustrada consigo mesma. Ele era filho de Alicent... Como poderia levar adiante?

Mas o desejo... esse desejo parecia impossível de resistir.

Se entregou a Aemond de uma forma que não imaginava ser possível. Havia sido tanto tempo sem o toque de um amante, sem o calor de um desejo verdadeiro, desde a morte de Harwin Strong. Nenhum outro homem havia cruzado seu caminho desde então, nenhum que despertasse nela o desejo de ser tocada novamente.

Mas Aemond... Ele fora o primeiro em tantos anos. Aquele jovem a fizera sentir algo que ela havia esquecido. O jeito como ele a olhava, a forma como seu corpo reagia ao toque dele, tudo isso a surpreendia. Nunca imaginara que eles ficariam, que seria capaz de ceder a ele dessa forma.

A urgência que ele despertou nela, o prazer que há tanto tempo não sentia, tomou conta de seus pensamentos. Ela estava perdida em um turbilhão de emoções contraditórias. Como poderia, após tanto tempo, se sentir tão viva novamente? E como isso havia acontecido justamente com ele, alguém com quem nunca imaginaria partilhar tal momento?

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