AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
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Já havia se passado uma quinzena desde o retorno de Aemond à capital com sua família. Durante esse tempo, ele tirava algumas horas de voo para se encontrar com Rhaenyra em Pedra do Dragão. Todos os dias, Aemond visitava o rei em seus aposentos, aproveitando-se do estado debilitado do pai para plantar suas mentiras com paciência e astúcia.
Viserys, cada vez mais enfraquecido, mantinha um interesse genuíno pelos sonhos proféticos que o atormentavam desde a juventude. Aemond, conhecendo essa fraqueza do pai, soube exatamente como manipular a situação. Ele fabricou sonhos falsos, alegando que havia visto visões em que o destino de Westeros dependia do casamento entre ele e Rhaenyra. Ele detalhava essas mentiras com precisão, sempre se apoiando no que Viserys mais valorizava: a continuidade da linhagem e o equilíbrio do reino.
— Pai, o sonho foi claro — Aemond dizia com convicção. — Apenas o casamento entre Rhaenyra e eu unirá a casa Targaryen de maneira que o reino possa suportar as ameaças que estão por vir.
Viserys, desgastado e incapaz de distinguir a verdade das fantasias que lhe eram contadas, começava a se inclinar para as palavras do filho. Ele queria acreditar que esse casamento traria paz e estabilidade para a dinastia Targaryen, evitando conflitos internos e preparando a família para os desafios futuros.
— Eu via a nossa ruína... — Aemond disse com um falso pesar que passou despercebido pelo pai. — Um casamento entre Rhaenyra e eu mudaria esse trágico final.
Viserys, já enfraquecido pela doença e pelos anos de peso da coroa, olhou profundamente nos olhos de Aemond. Ele acreditava que os sonhos proféticos eram uma verdade incontestável, algo que não podia ser ignorado. A vulnerabilidade do rei estava evidente, e Aemond explorava isso com habilidade.
— Você tem certeza, meu filho? — Viserys perguntou, sua voz vacilante e entrecortada. — Certeza de que isso nos salvará?
— Sim, pai. — Aemond assentiu com firmeza. — Vi com clareza, como se os deuses tivessem sussurrado diretamente em meus ouvidos. Se Rhaenyra e eu nos unirmos, garantiremos que a casa Targaryen prevaleça. Nossa linhagem será forte e invencível.
Viserys fechou os olhos, tentando processar aquelas palavras, buscando consolo na ideia de que essa união poderia realmente evitar a desgraça que parecia pairar sobre sua família. Ele estava à beira de concordar, de entregar o destino de Rhaenyra nas mãos de Aemond, acreditando que essa seria a única maneira de evitar a queda de sua casa.
— Meu filho. Deixe-me pensar melhor sobre isso, amanhã lhe darei uma resposta concreta. — declarou Viserys com a voz fraca, mas resoluta.
— Sim, meu pai. — Aemond concordou, mantendo uma expressão de respeito, embora sua mente já estivesse maquinando os próximos passos.
Viserys suspirou profundamente, a doença e o cansaço visíveis em cada movimento. — Um corvo foi enviado para Pedra do Dragão. Tenho o desejo de manter Rhaenyra perto de mim, nesse momento tão delicado. Minha adorável filha precisa estar com a família — disse o rei, com os olhos cheios de nostalgia.