AON | ˒ Até onde você iria por uma ambição? Quais regras quebraria por conta de uma obsessão? Bom, a resposta para isso era clara. O homem de fios platinados desceria até o inferno com extremo prazer, apenas para alcançar aquilo que tanto cobiçou...
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O crepúsculo se desfazia lentamente, e os primeiros raios de sol ameaçavam romper o horizonte. Rhaenyra estava adormecida sobre o peito de Aemond, que a observava com um misto de emoções. Ele sabia que, por mais que desejasse continuar ali, se alguém os encontrasse daquela maneira, a reputação de Rhaenyra seria completamente arruinada. Deslizou os dedos suavemente pelas costas nuas dela, fazendo um carinho delicado.
— Princesa, acorde — murmurou, enquanto os lindos olhos violetas dela se abriam com suavidade. — Temos que ir.
Rhaenyra despertou rapidamente, ciente da urgência. Aemond a ajudou a levantar, ambos limpando a areia que cobria suas roupas. No entanto, ainda havia um problema: a parte superior do vestido de Rhaenyra estava rasgada, deixando seus seios expostos. Sem hesitar, Aemond tirou sua camisa de algodão e a ofereceu para que ela se cobrisse.
Com cautela, eles saíram debaixo da cobertura de palha e folhas secas. Rhaenyra seguiu na frente, aproveitando que o céu ainda estava escuro, o que facilitava seus movimentos. A troca de guardas estava em andamento, e ela silenciosamente agradeceu aos deuses por isso. Esgueirando-se sorrateiramente, os dois adentraram o castelo. Ao chegarem no corredor, Aemond a puxou para um último beijo, selando o final daquela noite intensa. Rhaenyra o olhou com aqueles olhos que ele tanto adorava, e então entrou rapidamente em seus aposentos ao ouvir os passos dos guardas se aproximando. Aemond seguiu em frente assim que a porta se fechou.
O que eles não sabiam era que alguém os havia observado de longe, atento a cada movimento.
Daemon tinha um sorriso sarcástico nos lábios, a cena que presenciara naquela manhã ainda estava vívida em sua mente. A visão de Rhaenyra saindo sorrateiramente da praia com Aemond havia alimentado sua curiosidade e seu desejo de causar desconforto. O dia todo, Rhaenyra permaneceu trancada em seus aposentos, evitando qualquer contato. Somente seus filhos participaram das atividades do dia, enquanto Aemond mantinha um olhar distante, fixo no horizonte onde o mar se encontrava com a areia da praia.
Determinado a perturbar o sobrinho, Daemon se aproximou silenciosamente. O vento que soprava do mar fazia seus cabelos brancos esvoaçarem, e a intenção de provocá-lo era clara em seu semblante. Ele parou ao lado de Aemond, cruzando os braços de maneira despreocupada, mas com um brilho malicioso nos olhos.
— Admirando o mar, sobrinho? — disse Daemon, a voz carregada de ironia. — Ou será que está pensando em outra coisa que te tirou o sono essa noite?
Aemond não respondeu de imediato, seus olhos ainda fixos no horizonte. Mas Daemon sabia que tinha tocado uma ferida. Ele estava decidido a cutucar mais fundo.
— É curioso, não? — continuou Daemon, inclinando-se um pouco mais perto. — A princesa se tranca em seus aposentos o dia todo... e você parece especialmente pensativo. Será que os deuses me revelariam o que aconteceu naquela noite sob a chuva?