🥀 Capítulo 30 🥀

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Dia anterior

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Volte para mim, meu leão… — A voz suave de Rosalie ecoa distante, como um sussurro perdido no vento. Minha feiticeira, minha raposa, sua voz parece me puxar de volta das sombras. Tento alcançá-la, mas ao meu redor, lençóis brancos voam caoticamente, dançando no ar como fantasmas inquietos. Estou preso em meio a esses panos flutuantes, cada movimento é lento e frustrante.

— Rosalie! Onde você está? — Minha voz ecoa no vazio, e tudo o que ouço é a risada doce e distante dela. Irritado, puxo aqueles malditos tecidos do meu caminho, cada vez mais desesperado por encontrá-la, enquanto o perfume suave de nossa raposa inunda meus sentidos. Ela está perto, mas sempre além do meu alcance.

De repente, o vento para e um frio intenso preenche o ar. A luz ao meu redor escurece e tudo se torna denso, sufocante, como se o próprio mundo estivesse se fechando sobre mim. Uma sombra densa cai sobre mim, trazendo uma sensação de desespero.

— Declan, socorro! — A voz cortante de Helena rasga o silêncio, agora mergulhada em uma agonia assustadora. — Socorro! — Sua súplica ecoa nas sombras, como se viesse de um abismo sem fim.

— Helena! — Grito, girando desesperado. O branco dos lençóis foi substituído por uma escuridão opressora. — Roman! Helena! Não consigo vê-la, mas a presença dela me sufoca, e um choro de criança ecoa como uma lamentação distante, aumentando a cada segundo até que se torne insuportável.

— Você nos matou! — A voz de Helena agora é fria, cheia de ódio, reverberando como trovões nas trevas. — Somos fantasmas por sua culpa! Estamos mortos por sua causa! — O choro de criança se transforma em um grito terrível, ecoando dentro de mim, e caio de joelhos, as mãos tapando os ouvidos, tentando bloquear a dor e a culpa que me esmagam.

— Parem! Calem-se! — Minha voz é um lamento desesperado, sufocado pelo peso daquela escuridão.

De repente, uma luz suave rompe a escuridão, como um raio de sol invadindo uma caverna profunda. Sinto um toque leve em meu braço, como uma brisa quente. A escuridão começa a se dissipar, substituída por uma calma reconfortante. Olho para cima e vejo Rosalie, sua presença irradiando luz, sua pele brilhando como a aurora.

— Sou eu, leão… sua raposa — sua voz serena é o bálsamo que silencia todas as vozes de tormento. O mundo sombrio ao meu redor se dissolve, e tudo o que resta é sua luz, sua paz.

— Feiticeira… — murmuro, aliviado. O pesadelo se afasta, e o caos cessa.

— Meu leão… — ela sorri, sua voz suave, mas agora parece que está se afastando novamente, como um sonho que está se desfazendo ao amanhecer. — Volte para nós…

— Rosalie! — Grito, levantando-me do chão. Lá está ela, minha raposa, com um vestido branco quase translúcido, moldando seus seios, seus cabelos ruivos dançam ao vento. Ela parece etérea, intocável, como um anjo fugidio.

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