Ela deseja, acima de tudo, a liberdade.
Eles só querem vingança pela morte precoce de sua esposa.
Rosalie Sinclair, determinada a fugir dos abusos de seu tio, vê em seu casamento com Hugo Dubois, um magnata poderoso, uma possível saída. No entanto...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dois dias antes…
— Precisamos fugir. — Mamãe entrou em casa esbaforida, os olhos arregalados pelo medo. — Arrume as malas, Helena. — Sua voz era um sussurro apressado antes de desaparecer escada acima.
Levantei do sofá, o celular escorregando dos meus dedos.
— Foi sua mãe que entrou correndo? — A voz de meu pai soou do escritório, e logo ele surgiu no corredor, franzindo o cenho.
— Sim. Ela disse que precisamos fugir. Não entendo…
Ele cerrou os dentes, os olhos se estreitando.
— Só pode ser coisa dos malditos Leões e da vadiazinha que ela abandonou. — Bufou, subindo atrás dela com passos pesados.
Mas eu sabia que não. Isso não era coisa de Cassius, Declan ou muito menos da maldita ruiva. Tinha quase certeza de que estava ligado às chamadas insistentes que minha mãe vinha recebendo nos últimos dias.
Caminhei até o espelho decorativo na parede e puxei a manga da camisa de seda, expondo os rastros da minha vergonha. As cicatrizes se estendiam pela pele fina dos meus braços, um lembrete grotesco de tudo o que vivi. Fechei os olhos, sentindo as lágrimas deslizarem quentes pelo meu rosto.
— Maldito Hugo Dubois!
Ele não era apenas o homem que atormentava minha mãe, o maldito também foi responsável por me deixar assim: marcada para sempre.
As memórias voltam em avalanches, me atormentando como faz todos os dias.
“Gosto de ver sua pele marcada… Você fica gostosa.”
A voz de Declan ecoou na minha mente, densa como um sussurro real. E meu ventre se contraiu.
“Seja obediente, Helena. Se quiser me agradar, obedeça.”
Agora era Cassius quem falava.
Meus. Eles eram meus. Somente meus. Mas agora… os perdi. Como pude ser tão tola?
Ainda lembro do nosso primeiro encontro, que nunca foi casual. Fui enviada. No início, obrigada por meus pais.
John Marshall tinha planos, e eu era apenas uma peça no tabuleiro. Minha missão era me envolver com Declan, garantir um casamento e, com isso, assegurar que o dinheiro deles salvasse a farmacêutica da família. O pai do meu filho é o detentor do controle da fortuna Lion.
Mas, quando os vi pela primeira vez, o jogo deixou de ser apenas estratégia.
Fiquei fascinada. Seus corpos esculpidos, a beleza selvagem que exalavam… Era impossível não me perder neles. E quando descobri que eles compartilhavam… Não me importei. Porque, no instante em que meus olhos pousaram em Cassius, soube que estava condenada.
Nos envolvemos.
Mas Declan… sempre houve algo nele. Algo oculto. Ele nunca tirava a camisa. Sempre me dominava no clube, mas nunca em casa. No início, aceitei. Mas, um dia, pedi que se despisse.
