🥀 Capítulo 26 🥀

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Um silêncio sepulcral se instalou, e todos os olhos convergiam para mim, exigindo uma resposta

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Um silêncio sepulcral se instalou, e todos os olhos convergiam para mim, exigindo uma resposta. Meu coração palpitava freneticamente, a liberdade era tudo o que eu desejava desde que fui tutelada por Bernard e enganada por Hugo.

— E então, Sra. Dubois? — O oficial de cabelos escuros volta a questionar.

— Se a senhora não se sentir segura, podemos colocá-la no serviço de proteção. Tenha certeza de que seus sequestradores serão punidos com todo o rigor da lei — informa o outro oficial de polícia que possui cabelos castanhos.

— Não! — praticamente gritei.

— O que houve, Sra. Dubois?

Não desejo mal aos meus leões. Eles acabaram, mesmo que de um jeito torto, sendo meus salvadores.

— As alegações são falsas — falei, sentindo o peito aliviar. — Declan e Cassius não me sequestraram. Na verdade, eles me salvaram de um relacionamento abusivo que vivia com Hugo.

Os policiais me observavam com atenção.

— Sabemos que a senhora pode estar confusa, talvez sofrendo da Síndrome de Estocolmo — disse o homem mais alto. — Essa síndrome é um fenômeno psicológico que ocorre quando uma vítima de sequestro desenvolve uma ligação emocional com seu agressor, Sra. Dubois — continuou, enquanto ambos me observavam. — A vítima pode sentir empatia ou até mesmo amor pelo captor.

Amor? Nunca me envolvi amorosamente com ninguém. Não tenho experiência com isso, mas tenho certeza de que não é amor o que sinto por eles. Talvez seja gratidão, misturada a muito tesão.

— Não houve sequestro. Na verdade, eu fui com eles. Quero deixar isso bem claro. Os irmãos Lion não me sequestraram.

O outro oficial se manifestou:

— Sra. Dubois, essa síndrome pode ser um mecanismo de defesa que ajuda a vítima a sobreviver em situações de extrema pressão. O vínculo positivo que se desenvolve pode ajudá-la a aceitar a situação e reduzir o estresse.

As palavras dos oficiais estavam me deixando confusa. Levei as mãos à cabeça, tentando abafar meus pensamentos e o turbilhão de emoções, mas a única certeza que tinha era que não queria prejudicar os meus leões.

— Vocês estão sendo inconvenientes com a minha hóspede — advertiu Don Edgar com uma voz cortante.

Senti um abraço suave, com um cheiro agradável, envolvendo-me.

— Tudo bem, Rosalie. Respire e se acalme. — A voz de Sofia me passava paz e segurança.

— A senhora precisa nos acompanhar até a delegacia.

— Rosalie não irá a lugar algum — decretou Edgar. — Vocês não ouviram a resposta dela? Minha hóspede não foi sequestrada, ela optou por ir de livre e espontânea vontade.

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