O tilintar dos talheres ecoava suavemente no salão, quebrando a calma da manhã. À mesa, Luna observava a cena com um sorriso inocente. Ao meu lado, os leões pareciam mais relaxados do que o normal.Ao acordar, a cama gelada me lembrou da noite anterior e havia uma única rosa vermelho-sangue sobre a mesa de cabeceira, seu perfume adocicado me envolvendo em uma nuvem de lembranças. Tenho certeza de que foi Cassius quem a deixou ali, um gesto pequeno, mas que falava sobre seus sentimentos.
Lembro muito bem das palavras deles ontem à noite: “Sou totalmente fiel a você, baby” e “Você é a única pessoa que me faz sentir vivo, Rosalie. Serei totalmente fiel a você, querida.” E também lembro de como meu coração bateu insanamente acelerado.
Quando desci para tomar café, a casa estava silenciosa. A ausência deles me deixou intrigada. Quando finalmente chegaram, não tive coragem de encará-los; as lembranças da noite anterior, intensa e avassaladora, ainda me tiravam o chão. Só conseguia pensar em como pude ser tão imprudente a ponto de fazer promessas que, no fundo, sabia que não poderia cumprir, pois meu maior sonho é ser livre, e não desisti dele.
Entretanto, a proximidade deles me consome. Um simples olhar, um leve toque, e meu corpo se inflama. É uma mistura de medo e desejo, de submissão e rebeldia. A proteção que eles oferecem é tentadora, mas a intensidade de nossos encontros me assusta. E, no entanto, não consigo me afastar.
— Baby, coma seu café. — A voz rouca de Cassius me fez estremecer.
A mesa era um verdadeiro buffet, com opções para todos os gostos. Desde os clássicos ovos mexidos e bacon até frutas frescas e iogurte, passando por panquecas, waffles e muffins.
Luna, radiante, já saboreava seu cereal.
— Coma, sereia. Para você ficar forte. Não é, titio? — disse Luna com toda a doçura de uma criança.
— Isso mesmo, pequena Lua. — Declan beliscou de leve as bochechas dela, que sorriu.
— Você quer um ou dois ovos mexidos, baby? — perguntou Cassius.
Declan, com um sorriso malicioso, me observava de soslaio.
— Acho que ela prefere quatro — comentou, levando um copo de suco à boca.
Cassius riu, e eu senti minhas bochechas queimarem.
— Eu também quero quatro ovos! — Luna levantou a mãozinha.
O sorriso de Cassius sumiu de imediato.
— Você é um idiota, Declan! — rosnou Cassius para o irmão. — Não, princesa, você tem alergia a ovo.
Declan soltou uma risada curta e negou com a cabeça, claramente não levando a sério o que havia sido dito.
— Para com isso, ela não vai entender. Mas a nossa leoa, sim. — Ele me lançou um olhar malicioso.
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Refém dos Leões
RomantizmEla deseja, acima de tudo, a liberdade. Eles só querem vingança pela morte precoce de sua esposa. Rosalie Sinclair, determinada a fugir dos abusos de seu tio, vê em seu casamento com Hugo Dubois, um magnata poderoso, uma possível saída. No entanto...