🥀 Capítulo 35 🥀

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Um mês depois

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Um mês depois.

“ E quando é que vocês vão ser punidos?”
“Fui tão estúpida por acreditar em vocês.”
“Por ter me apaixonado por vocês. Mas agora… agora tudo acabou. Enfim, serei livre.”

A imagem dela com a arma contra a própria cabeça, o olhar vazio e despedaçado, se repete sem trégua na minha mente. Ela buscava escapar da dor insuportável que ajudamos a infligir, e esse momento de puro desespero, uma tentativa desesperada de silenciar o sofrimento, me atormenta como um eco interminável. A culpa corrói cada pensamento, enquanto revivo a cena, preso num ciclo de remorso que parece não ter fim.

As chicotadas que rasgam minhas costas são, de fato, a punição que mereço. Cada golpe é um lembrete cruel de como destruí a única mulher que ousou me amar de verdade. Mas, por mais profundas que as marcas físicas sejam, nada, absolutamente nada, se compara à dor que sinto no peito. É uma dor insuportável, algo que me consome por dentro, que tira o ar dos meus pulmões até me deixar sufocado. Não há escape. Não há alívio. Apenas o peso implacável de uma culpa que me consome, um nó apertado que me esmaga o coração a cada batida.

Rosalie não olha mais para mim. Nem para Cassius. Ela se trancou em um mundo que nos exclui, onde apenas a tia, a pequena Luna e Matilde têm o privilégio de entrar. Nós, que um dia fomos importantes para ela, agora não somos nada. Sua indiferença nos atinge como uma lâmina fria, cortando mais fundo do que qualquer castigo físico. Nem um único olhar. Nem um resquício de sua presença. É como se tivéssemos deixado de existir.

Cassius passou o último mês afogado em álcool no clube, buscando entorpecer desesperadamente a dor que teima em consumi-lo. Ele a ama. E eu… eu a amo também. Mas fomos estúpidos e egoístas. Não, eu fui o culpado. Fui eu, mergulhado em minha amargura e arrogância, quem falhou em enxergar o quão especial ela é, até ser tarde demais.

Me perdoe, feiticeira. Me perdoe, meu amor…

Batidas na porta interrompem minha autoflagelação, e sinto o líquido quente escorrer pelas minhas costas.

— Entre.

A porta se abre lentamente.

— Sr. Lion, não encontramos a caixa — diz Matilde, ao entrar.

— Isso é impossível! Me lembro de ter levado aquela maldita caixa para o meu escritório! Mas recebi uma ligação importante e tive que sair, mas recordo que deixei em cima da minha mesa! — esbravejei. — Encontrem essa caixa!

— Sim, senhor — ela assentiu e saiu rapidamente.

[…]

Depois de um banho, volto ao mundo dos negócios, de onde não posso fugir nem vacilar. Administrar a farmacêutica daqui é fácil, já que detesto pessoas. Odeio estar preso em ternos e rodeado por gente superficial, mas há certos eventos dos quais não posso escapar.

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