🥀 Capítulo 05 🥀

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— Você está bem? — a mesma voz volta a falar

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— Você está bem? — a mesma voz volta a falar.

Percebo ser do homem que possui cabelos escuros como a noite, que está amarrado em um coque estilo samurai.

— E-estou — gaguejei.

O dito homem me olhava com curiosidade. Deixando-me sem jeito.

— Não podemos perder tempo com besteiras! — A voz do segundo homem é ainda mais gélida e assustadora por ser extremamente grossa e rude. 

Ele é possuidor de cabelos mais claros, também amarrados em coque. Por um instante, percebi seu olhar varrer meu corpo dos pés à cabeça, mantendo o olhar no meu por alguns segundos, todavia foi tão intenso, que engoli em seco, prendendo a respiração.

Fiquei parada, com meu coração a ponto de sair pela boca de tão acelerado, entrelacei meus dedos, tentando manter a calma. Me sinto um inseto insignificante perto deles, esses homens devem ter cerca de dois metros.

 A porta do elevador se abriu, revelando a figura esguia de Madeleine.

— Sra. Dubois, o que faz aqui? — pergunta numa mistura de apreensão e alívio — Temos que ir, o senhor Hugo ordenou.

Fiquei parada no lugar, ainda sob a influência da presença deles.

— Vamos, senhora! — Madeleine segurou minha mão, puxando em direção ao elevador.

 Antes de entrar, tomei coragem e olhei para trás, mas eles haviam sumido. Deve haver outra saída nesse terraço.

A porta do elevador fechou. E só agora percebi que não agradeci ao homem que me fez voltar à razão.

— Onde está Hugo? — pergunto à Madeleine.

— Esperando a senhora para irmos embora. Aconteceu algo, seu marido está muito nervoso.

O elevador abriu no andar onde está ocorrendo o evento.

— Onde você estava, sua vagabunda? — Hugo diz, chegando próximo a mim.

— Estava tomando ar. — respondo nervosa.

— Vamos! — Ele segurou na minha mão com rigidez, quase não consigo acompanhar o ritmo de suas passadas. O funcionário do hotel entrega nossos casacos. Assim que coloco os pés fora, sinto uma rajada de vento frio tocando meu rosto, arrepiando meu corpo.

O carro foi trazido rapidamente e Hugo praticamente me jogou dentro dele. Mal entramos e o motorista acelerou. 

— Por que estamos indo tão rápido, Hugo? Isso é imprudência, podemos sofrer algum acidente! — digo apreensiva.

— Cale a boca! — gritou, erguendo a mão para mim, mas pela primeira vez Madeleine se meteu, segurando a mão do meu marido.

— Chega, Sr. Dubois! — Se exaltou.

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