Ela deseja, acima de tudo, a liberdade.
Eles só querem vingança pela morte precoce de sua esposa.
Rosalie Sinclair, determinada a fugir dos abusos de seu tio, vê em seu casamento com Hugo Dubois, um magnata poderoso, uma possível saída. No entanto...
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Manhã seguinte…
Sinto um toque suave na lateral do meu rosto. Abro meus olhos vagarosamente, a claridade me cegando temporariamente. Porém, meu estômago já está revirando, pois sei que é o porco nojento da noite passada.
— Bom dia, minha raposa. — Era a voz rouca de Cassius, sendo sussurrada no meu ouvido.
Abri meus olhos rapidamente, percebendo o leão de belo cabelo escuro deitado ao meu lado.
— Cassius! — Exclamei, levando as mãos à minha boca.
Ele virou-se para mim, apoiando sua cabeça na mão, com seu sorriso satisfeito.
— Que saudades estava de você, raposa. — falou já se aproximando do meu rosto, tocando meus lábios com sua boca.
O empurrei.
— Não! — protestei e ele arqueou uma das sobrancelhas.
— Não seja chata, estou há semanas sem ver você.
A raiva tomou conta do meu corpo ao lembrar de como ele me abandonou aqui por meses. Cretino!
— Dois meses para ser exata. — Voltei a empurrá-lo, levando minha mão ao lado da cama e tomei um susto ao tocar músculos fortes e duros.
— Declan!
Ele estava de olhos fechados ao meu lado.
— O que foi feiticeira? Quer outra boca beijando você? — perguntou serenamente.
— Não! — respondo corada, percebendo que estou cercada por dois homens enormes na cama. Me sentindo tão miúda entre eles.
Os leões estavam agitados próximos à janela, andando de um lado para outro, esfregando seu corpo na vidraça como gatinhos manhosos, nesse caso, Big gatos.
Minha visão percorreu o quarto e, no mesmo instante, levantei-me correndo até o banheiro, colocando a cabeça no vaso sanitário, vomitando até meu estômago arder.
— Você fodeu e engravidou ela, caralho? — Cassius rugiu raivoso em direção ao irmão.
Levantei minha cabeça de imediato, ao ouvir sua teoria sobre o motivo do meu mal-estar. A porta do banheiro fica de frente à cama e vi quando um travesseiro voou na cara de Cassius.
— Não engravidei a feiticeira, ela deve estar enojada da cena que o quarto se encontra. — Declan responde serenamente, com braços cruzados atrás da cabeça dando mais ênfase em seus músculos.
Fui até a pia e fiz minha higiene bucal, depois voltei para o quarto e me sentei aturdida na beirada da cama, com meu olhar percorrendo a cena grotesca à minha frente.
O maldito homem estava estripado. Suas vísceras estavam espalhadas no chão, havia um vazio no lugar dos olhos, e suas córneas estavam ao lado de seu corpo. As paredes e o chão foram tingidos por respingos da cor escarlate.