-Capítulo 128. Não Há Para Onde Fugir

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Uma força repentina puxou seu ombro e seu corpo se virou. Leah prendeu a respiração, olhando para os deslumbrantes olhos dourados. O rosto de Ishakan estava imperturbável, mas seus olhos ferozes eram penetrantes. A bela cor que ela nunca mais olharia estava gravada em sua memória.

Quando ela tardiamente voltou a si e desviou o olhar, a mão grande dele agarrou seu queixo, forçando-a a fazer contato visual. Ishakan abriu a boca para falar.

“Ouça-me com atenção, Princesa.” Sua voz baixa e assombrosa a deixou um pouco nervosa. “A vida nobre que você tem como princesa. Eu vou pisotear e arruinar isso.”

Os dedos dele tocaram suavemente a bochecha dela enquanto ele sussurrava, suas palavras penetrando profundamente dentro dela.

“Eu vou fazer você parar de falar como a Princesa de Estia…”

Parecia que uma luz dourada brilhou em seu coração.

“Não há para onde fugir.”

E com isso, Ishakan se foi, como se ela tivesse piscado e ele sumido na escuridão. Leah, deixada sozinha olhando para o vazio, sorriu amargamente.

“……”

Ela não precisava correr. Se ele a procurasse, tudo o que encontraria seria seu cadáver. Seus olhos foram para as tuberosas espalhadas no chão diante dela. Em meio à pilha havia uma intacta, mas ela não conseguia vê-la agora. Olhando para a terra vazia e fértil, Leah voltou lentamente para seu quarto.

Agora ela estava completamente sozinha.

***

Na noite anterior à partida do palácio, os kurkans estavam ocupados se movendo, guardando bagagens e completando as tarefas ordenadas pelo rei. Em frente ao palácio de hóspedes, uma fileira de carruagens e vagões estava alinhada. De repente, todos os kurkans pararam ao mesmo tempo, olhando em uma direção. Um homem caminhava silenciosamente em direção a eles.

“Ishakan!”

Haban, que estava supervisionando o carregamento, correu para cumprimentá-lo, e Genin colocou no chão a caixa pesada que estava carregando. Todos os kurkans se reuniram rapidamente com expressões nervosas em seus rostos, e Morga trocou olhares com Genin e Haban.

“A Princesa…” Genin começou cautelosamente.

“Ela disse não. Ela me recusou esplendidamente.”

Embora falasse despreocupadamente, Ishakan não conseguia esconder seus sentimentos. Ele cobriu os olhos com as mãos e um grito de dor escapou.

“…Ha.” Ele removeu as mãos depois de um momento para perguntar, “Ela parecia muito instável, você tem certeza de que ela está bem?”

O Rei parecia anormalmente vulnerável. Morga piscou surpresa com a pergunta, boquiaberta até que Genin o cutucou levemente na lateral.

“Nada pode ser feito por enquanto,” ele disse tardiamente. “Seria melhor levar a princesa para Kurkan o mais rápido possível.”

“……”

Ishakan suspirou, batendo no queixo.

“Genin.”

Genin ficou tensa assim que seu nome foi chamado e respondeu: "Todos os preparativos estão prontos. Eu e Haban lideraremos as duas alas."

“Morga.”

“Não podemos remover o feitiço de rastreamento, mas ele pode ser obstruído. Posso cuidar disso assim que tiver a Princesa.”

“Haban.”

“Temos o equipamento pronto. Quanto à localização, será nas planícies.”

Ele estava se referindo às planícies nos arredores da capital, onde eulalies cresciam. Ishakan olhou para a carga que os kurkans tinham embalado diligentemente até agora. Quando ele removeu o pano que cobria a carroça, uma corda com um gancho de ferro apareceu. Um gancho resistente, forte o suficiente para cargas pesadas.

“Pensamos em usá-los para virar a carruagem.”

"Nada mal."

Com Haban ao seu lado, Ishakan levantou o gancho de ferro e puxou a corda para ter certeza de que estava segura.

“Ela não precisa assumir nenhuma responsabilidade”, ele murmurou. Na verdade, não. Ele não se importava se fosse chamado de homem mau. Ele colocou o gancho de volta na carroça e se virou para encarar os kurkans, sorrindo friamente.

“Então…” Seus olhos dourados brilharam. “Nós vamos sequestrar minha noiva.”

Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷) Onde histórias criam vida. Descubra agora