Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷)

- Capítulo 24. Intruso (1)

Leah sentiu seu rosto corar de raiva enquanto ouvia os insultos que Blain lhe lançava. Ela bufou com raiva e endireitou sua postura, ajeitando seu estado desgrenhado de vestido antes de lançar a ele um olhar penetrante.

“Não se preocupe, irmão”, ela sibilou, “Mesmo que Byun Gyongbaek me assuste, eu não farei isso”, ela assegurou.

O rosto de Blain estremeceu momentaneamente com a menção de Byun Gyongbaek, antes de franzir o cenho enquanto encarava Leah com um sorriso maníaco.

“Você é boa.” ele disse, “Muito boa em negar, até mesmo se escondendo nos jardins com o Rei dos Kurkans, nada menos,” ele sussurrou. Seu rosto se aproximando até que sua boca estava a um sopro de distância do ouvido dela.

Ele soltou o aperto no cabelo dela, as mãos descendo, acariciando sua bochecha. Seus dedos longos e finos acariciaram sua bochecha gentilmente, inclinando a cabeça para ela com uma preocupação zombeteira.

"Ele te disse que está apaixonado por você?" ele perguntou, fazendo beicinho para ela, o que fez Leah cerrar o maxilar. "Te disse para dormir com ele?" Leah forçou sua boca a ficar fechada.

Ela queria dizer que sim, mas pensava o contrário.

“Nada aconteceu entre nós,” ela disse a ele, “Ele só estava interessado em mim porque eu sou a noiva de Byun Gyongbaek,” ela terminou de explicar. Blain apenas a encarou silenciosamente, observando-a em busca de qualquer sinal de desonestidade. Ele não confiava em uma única palavra, mas por enquanto, ele deixaria assim.

Eles eram próximos antes, ele e Leah. Quando ainda eram jovens. Eles cuidavam um do outro, tanto quanto fariam com um irmão de verdade.

E Blain tinha adorado Leah completamente, dado a ela o que ela queria e mais, concedido a ela todos os desejos. E Leah era a mesma, devido à sua natureza solitária, ela encontrou uma companhia com Blain. Eventualmente, as pessoas frequentemente os confundiam como irmãos com exatamente os mesmos pais, e eles nunca se incomodavam em corrigi-los.

Mas, como todas as famílias, com o tempo, elas acabaram se distanciando.

Conforme Leah crescia, ele a observava descobrir seus muitos talentos, tornando-se cada vez mais bem-sucedida, precisando dele cada vez menos. E isso dilacerava Blain, fazia com que ele se sentisse inadequado para ficar ao lado dela. Lentamente, sua admiração se transformou em ciúmes. Seu amor se transformou em ódio.

Ele não gostou de como ela estava florescendo. Ele queria esmagá-la a qualquer custo.

E enquanto o relacionamento deles desmoronava diante de seus olhos, Leah aprendeu uma lição valiosa, que a levou a romper completamente o vínculo que antes era forte.

A morte de sua mãe foi a chave. Quando ela percebeu o verdadeiro motivo, ela não conseguiu mais manter as pretensões e finalmente deixou Blain. Ela não conseguia reconciliar o que sabia dele agora, com a pessoa que ele costumava ser.

E quando Leah se separou, as verdadeiras cores de Blain começaram a brilhar.

Depois de encarar seus olhos cerúleos raivosos, e ver que ele não tinha mais nada a dizer, Leah se livrou do aperto dele em seu queixo, sacudindo a cabeça de repente e passando por ele para ir embora. Blain deu um passo para trás quando ela o fez e gritou.

“Leah,” ele disse, e ela fez uma pausa. A voz dele fez arrepios desagradáveis ​​percorrerem sua espinha. Os dedos dele mais uma vez encontraram apoio em seu cabelo, enquanto ele colocava algumas mechas atrás da orelha dela, os calos acariciando sua pele suavemente.

"Você precisa aprender a me ouvir, irmã", ele disse a ela antes de lhe dar um olhar sério. "E não vá embora para onde eu não possa ver", ele avisou, e Leah lhe deu um aceno conciso.

Tudo o que ela queria era que tudo isso acabasse. Ela estava tão cansada.

***

Quando Leah finalmente retornou aos aposentos da Princesa, as criadas já estavam reunidas, esperando por ela, com a Condessa Melissa entre elas, parada na frente das criadas.

Assim que a Condessa a viu, ela imediatamente correu até ela gritando.

“Princesa!” ela exclamou enquanto se aproximava e parava na frente dela, inquieta. “O príncipe herdeiro estava procurando por você.” ela a informou, e Leah assentiu.

“Sim, eu o vi.” Leah respondeu com um sorriso suave, e a Condessa Melissa olhou para ela boquiaberta, antes de fechar a boca, “Não há nada com que se preocupar.” ela tranquilizou. Mas mesmo com sua garantia, a preocupação ainda estava presente nos olhos da Condessa. E por mais que Leah quisesse elaborar, ela não podia arriscar contar mais.

Ela se lembrou da maneira como Blain a puxou para o lado, agarrando-a pelos cabelos, e ela se lembrou de que ela ainda estava uma bagunça. Ela não tinha sido capaz de pensar em uma desculpa para explicar seu péssimo estado de vestimenta. Acenando para ela, a Condessa Melissa logo puxou um xale e o colocou sobre seus ombros.

Leah agradeceu brevemente antes de entrar em seus aposentos.

Uma vez lá dentro, as empregadas serviram chá para ela, enquanto ela se sentava em um banquinho e tomava um gole. Por enquanto, o calor do líquido enquanto descia por sua garganta era o suficiente para acalmar seu coração acelerado. Ela sentiu seus músculos relaxarem e então a tensão enquanto respirava fundo, saboreando a sensação da Condessa escovando seus cabelos.

Na metade do chá, a Condessa quebrou o silêncio, ainda que hesitante.

“Princesa, se me permite”, ela começou enquanto continuava a escovar o cabelo, “O que aconteceu com o Rei dos Kurkans?”

Leah fez uma pausa na pergunta e colocou a xícara de chá de volta na mesa. Foi muito fácil mentir para sair dessa. E então, com facilidade de especialista, ela colocou uma expressão calma e um sorriso tranquilizador.

“Ele só estava curioso sobre mim.” ela respondeu, “Parecia que ele estava muito curioso sobre quem era o noivo de Byun Gyongbaek de Oberde.” Ela terminou e tomou outro gole de chá, e a Condessa Melissa assentiu em compreensão.

Ela não duvidou nem de uma única palavra.

“Isso é um alívio.” A condessa suspirou, suas preocupações diminuindo, “Eu estava tão preocupada, especialmente porque já faz um tempo que você desapareceu. Ele parece muito rude e severo,” ela expressou suas preocupações.

E Leah estava contente em deixá-la divagar como sempre. Normalmente, a condessa teria contado as coisas sem importância do seu dia, geralmente envolvendo Blain. Mas desde que ela conheceu Ishakan mais cedo hoje, foi tão memorável que ela não conseguia parar de falar sobre isso.

“Ah, e os olhos dele…” a condessa lembrou, melancolicamente, relembrando o rosto de Ishakan da memória. Mas quando ela fez uma pausa, ela imediatamente percebeu, com uma carranca, o quão livremente ela estava falando. Ela geralmente tomava muito cuidado para não falar tão casualmente com a princesa. Enquanto isso, a mão de Leah parou, o chá ainda inacabado, enquanto ela se lembrava dos olhos dourados de Ishakan.